Ibovespa abre em leve alta com Copom e Orçamento de Guerra no radar
O Ibovespa abre em leve alta nesta quarta-feira (6) com assuntos nacionais no radar.
Por volta das 10h40, o Ibovespa variava positivamente a 0,19%, com 79.420,85 pontos. O mercado está atento à reunião do Copom que deve cortar a taxa básica de juros da economia (Selic).
Além disso, segue no radar do investidor:
- Câmara deve votar a PEC do “Orçamento de Guerra” nesta quarta
- Deputados aprovaram o auxilio para os Estados e municípios
- A agência de risco Fitch revisou negativamente o rating do Brasil
Copom
O mercado está atento à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) nesta quarta-feira (6). De acordo com economistas ouvidos pela agência de notícias “Bloomberg”, o Banco Central (BC) deverá cortar a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,50%, para um novo patamar mínimo de 3,25%.
Além disso, os especialistas esperam que a autoridade monetária central do País mantenha a possibilidade de novos cortes em aberto, com o intuito de evitar uma influência ainda maior da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) na economia brasileira.
Segundo o último Boletim Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano deverá cair 3,76%, impactado pela doença. Ainda segundo a divulgação do BC na última segunda-feira (4), a previsão da Selic para o fim deste ano é de 2,75%, um ponto percentual abaixo da taxa atual.
PEC do “Orçamento de Guerra”
O Plenário da Câmara dos Deputados devem votar nesta quarta-feira às 11h30, em segundo turno, a chamada Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do “Orçamento de Guerra”. Os deputados irão analisar as mudanças feita pelos senadores.
O texto em tramitação no Congresso é referente à permissão de ampliação de gastos, conforme o governo julgar necessário, para lidar com a crise do novo coronavírus (covid-19). O “orçamento de guerra” não precisaria seguir normas de controle da dívida pública como o teto de gastos, a Lei de Responsabilidade Fiscal e a regra de ouro.
Auxílio para Estados
A Câmara dos Deputados aprovou, na última terça-feira (5), o texto base do Projeto de Lei Complementar (PLP) 39/20, do Senado, que prevê o auxílio de R$ 125 bilhões a estados e municípios, além do Distrito Federal, em razão dos impactos econômicos do coronavírus.
Já foi aprovada a emenda que expandiu as categorias que ficarão fora do congelamento de salários estipulado como a contraparte ao socorro da União aos entes federativos.
O presidente da Casa, Rodrigo Maia, chegou a deixar o comando da votação durante a sessão do Plenário virtual para defender a aprovação do texto levantado pelo Senado, em meio à urgência dos entes federativos no combate à pandemia. “A tese prevaleceu, o valor prevaleceu, a forma de distribuição é que mudou”, disse Maia.
Rating Brasil
A agência de classificação de risco Fitch revisou, na última terça, a expectativa do rating de crédito brasileiro para negativa. A companhia estipulou a nota do Brasil em BB-. Desse modo, o grau de investimento do País é avaliado como especulativo, ou seja, com maior risco de calote.
A agência de riscos classifica que esses fatores podem prejudicar a capacidade do governo para ajustes fiscais e para implementação de reformas econômicas após a pandemia. Sendo assim, isso pode até restringir uma resposta emergencial “considerável” da política à crise do coronavírus.
Segundo a agência, o Brasil entrou no atual momento de estresse com equilíbrio fiscal relativamente fraco e com baixo crescimento econômico. Antes, a Fitch atribuía perspectiva “estável” para o rating do Brasil. Porém, na última terça, com o recuo da nota, a situação do País fica três níveis abaixo do mínimo para grau de investimento.
Maiores baixas e altas
Última cotação do Ibovespa
Na última sessão, terça-feira (6), o Ibovespa encerrou em alta de 0,75%, a 79.470,78 pontos.