Cielo (CIEL3) não continuará subsidiando a compra de maquininhas
A Cielo (CIEL3) informou que não continuará subsidiando a compra de maquininhas pelos clientes e busca maneiras para negociar com esses público, obtendo um custo mais baixo, como fazem os concorrentes. A informação foi divulgada nessa quarta-feira (29) pelo presidente da companhia, Paulo Caffarelli.
Segundo Caffarelli, em 2019 a Cielo vendeu cerca de 1,5 milhão de aparelhos, mas para esse ano, a previsão é de que vendam bem menos. Além disso ele informou que custava cerca de R$ 350 o subsídio de cada maquininha e a empresa brasileira busca diminuir o custo para negociar com esses clientes.
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Em relação ao processo para aumentar a participação de clientes de varejo e empreendedores, Caffarelli declarou que está ocorrendo de forma mais lenta do que esperada.
Atualmente a companhia conta com 66% dos contratos de grandes companhias, enquanto 34% são de varejo e empreendedores. Visto que em 2019 eram 70% de grandes empresas ante 30% de varejo e empreendedores, o presidente da empresa indicou que é prevista uma queda de volume e de maquininhas.
Além disso, no ano passado, o volume do programa “Receba Rápido” duplicou. Com esse programa o vendedor recebe no prazo de dois dias, o dinheiro que recebeu pela venda na maquininha.
Em contrapartida, o executivo informou que, atualmente, a companhia enfrenta um aumento no custo de dinheiro, frente a isso não tem como fazer esse repasse sem aumentar as taxas.
Cielo registra queda de 65,4% no lucro líquido no 1T20
A companhia de serviços financeiros registrou uma contração do lucro líquido de 65,4% no primeiro trimestre de 2020 em relação ao mesmo período de 2019, totalizando R$ 202,6 milhões contra R$ 585,5 milhões do ano passado. Os resultados dos primeiros três meses do ano foram divulgadas nesta terça-feira (27) pela empresa de pagamentos eletrônicos.
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Por sua vez a receita operacional líquida da Cielo totalizou R$ 2,8 bilhões, registrando um aumento de 2,0% em relação ao primeiro trimestre de 2019. Por outro lado, os gastos totais (custos e despesas) totalizaram R$ 2,5 bilhões, registrando um aumento de 17,9%.