A Seguir: Política no Brasil, Inflação nos EUA e Desaceleração na China

O que deve movimentar a semana no Brasil

Cenário político continua importante

Ao que tudo indica, o cenário político continua sendo o centro das atenções para o Brasil.

Na última semana, o atual presidente Michel Temer convidou o presidente eleito Bolsonaro para iniciar o processo de transição de governo.

O processo envolve uma série de explicações sobre os mais diversos assuntos envolvendo o país, além é claro da formação do time de transição.

Assim, as indicações de algumas peças chaves para cargos estratégicos que devem ser feitas por Bolsonaro nas próximas semanas devem impactar o mercado.


Cargos chaves são observados

Dentre os cargos ainda não confirmados, os que possuem maior antecipação são os de presidente do BC e do Tesouro.

Ao que tudo indica Bolsonaro deve realizar convite para que Illan Goldfajn (BC) e Mansueto Almeida (Tesouro) continuem ocupando os cargos.


Fim da temporada de resultados e liberação de dados econômicos 

Nessa semana também teremos a liberação do Boletim Focus que mede a expectativa para a economia Brasileira através de uma média de consenso entre mais de 130 fontes diferentes.

Além disso dados sobre o Varejo e Fluxo Cambial podem indicar maior ou menor confiança em uma recuperação econômica do país.

Por fim, essa é a última semana da temporada de resultados do 3T2018, com nomes como Braskem, M Dias Branco, CPFL e Eletrobras liberando seus resultados.


O que deve movimentar o mundo essa semana

Inflação e Juros Americanos

A semana também segue agitada pelo mundo. Nessa semana serão liberados dados sobre a Inflação americana.

Os dados serão revelados na próxima quarta-feira às 11:30 e a expectativa é que o indicador fique por volta dos 2,5%.

Jerome Powell, presidente do Fed, fará no mesmo dia um discurso que pode indicar a direção da taxa de juros americana no curto prazo.

É importante notar que um aumento da inflação, pode incentivar um aumento das taxas, o que tende a ser negativo para a bolsa no curto prazo.


Como anda a economia americana?

Ainda sobre os EUA, essa semana teremos uma curiosa combinação de liberação de resultados de grandes varejistas americanas como Home Depot e Macy`s na quarta-feira, além do WallMart na quinta em conjunto com dados sobre o Varejo nos EUA.

Um indicador de vendas no varejo crescente é normalmente relacionado com o fortalecimento da economia e visto como positivo para o país.


Implicações eleitorais

É importante notar que os resultados das eleições midterm da última semana apesar de terem ficado dentro do esperado, agora possuem um impacto implícito.

Na atual configuração do governo, Donald Trump terá muito mais trabalho para aprovar boa parte das medidas prometidas na sua eleição, ou seja, apesar da eleição em si não ter sido uma surpresa que movimentou o mercado, os indicadores econômicos que seguem a partir de agora, podem ter seu efeito amplificado, uma vez que o presidente terá maior dificuldade para agir.


China desacelera 

Para fechar a visão de mundo de hoje, falamos da China.

Amanhã (segunda) pela manhã, deverão ser liberados os dados sobre o crescimento industrial chinês em outubro.

O consenso é que os dados ficarão em linha com setembro (crescimento de 5,8%).

Dados recentes indicam que a economia chinesa aparenta estar perdendo força, e como falamos na edição anterior do A Seguir, o mercado espera, com um certo grau de ansiedade, ver o que o governo do país fará para mudar isso.

Considerando que hoje a China é o principal parceiro comercial (em volume de negócios) do Brasil, sinais de enfraquecimento econômico podem ser negativos para a nossa economia.

João Vitor Chaves Silva

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