Petróleo recua mais de 30% e opera no menor nível em 21 anos

A cotação do petróleo norte-americano despenca mais de 30% nesta segunda-feira (20) operando no menor nível em 21 anos.

Por volta das 8h40, o petróleo WTI para maio registrou uma queda de 31,09%, sendo negociado a US$ 12,59 (R$ 66,54). Por sua vez, o contrato Brent com vencimento para junho sofria uma desvalorização de 4,49%, cotado a US$ 26,82 (R$ 141,74).

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A queda, segundo especialistas, possui vários influenciadores. Dentre eles, os bloqueios e restrições das viagens em todo o mundo, o que impacta na demanda.

Além da guerra de preços iniciada pela Arábia Saúdita contra a Rússia sobre reduzir a produção em 10 milhões de barris diários para estimular os mercados afetados. Apesar de ter sido encerrada mês passado seus resquícios permanecem influenciando a cotação da comoddity.

E, segue no radar também, os números de contágios e mortes pelo novo coronavírus (covid-19) na maior economia do mundo e atual epicentro do vírus, os EUA. Os dados atuais mostram que o novo vírus ultrapassou 740 mil pessoas contaminadas no território norte-americano, mais de três vezes superior que a Espanha, segundo país mais atingido, enquanto o total de mortes avançou para 40 mil.

Petróleo em declínio

“Os preços do petróleo continuarão sob pressão”, informou o banco australiano, ANZ, em nota.

“Embora a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tenha aceitado uma redução sem precedentes na produção, o mercado está inundado de petróleo. Ainda existe o temos de que as instalações de armazenamento nos Estados Unidos estejam ficando sem capacidade”. analisou a instituiçaõ financeira australiana.

Segundo a Administração de Informações sobre Energia dos EUA, as reservas de petróleo subiram para 19,25 milhões de barris semana passada.

“Acreditamos que em breve voltaremos aos menores níveis desde 1998, por volta dos US$ 11”, afirmou o banco.

Opep prevê queda de 6,8 mi de barris na demanda global

A Opep informou na última quinta-feira (16) através de um relatório mensal, que prevê uma queda na demanda global por petróleo de 6,8 milhões de barris por dia em 2020, por causa dos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

Em relação a abril, mês com a maior redução, a Organização projeta que a demanda global por petróleo deve reduzir 20 milhões de barris diários e prevê que o crescimento da economia global terá uma redução de 1,5% em 2020.

Saiba Mais: Petróleo: Opep prevê queda de 6,8 mi de barris na demanda global

Além disso, a Opep indicou que as medidas de isolamento social, assim como a redução de viagens, para impedir que o novo vírus se espalhe ainda mais, tem influência em 40% da produção mundial do produto.

“Até agora, essas restrições levaram o consumo de petróleo à queda em meio à criação de estoque de produtos, danificando seriamente os mercados de combustível de aviação e levando as margens da gasolina a um território negativo”, informou no relatório.

Poliana Santos

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