FMI: projeção para o PIB do Brasil em 2021 já era baixa antes da crise
O diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) para o Hemisfério Ocidental, Alejandro Werner, afirmou nesta quinta-feira (16) que a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2021 é de 2,9%.
Werner declarou ainda, em videoconferência da entidade junto ao Banco Mundial, que as projeções “não tem nada a ver com o ambiente político”. O diretor do departamento do FMI explicou que o potencial de crescimento do PIB do País já eram baixos, mesmo antes da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus.
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O FMI reduziu as projeção de expansão do PIB brasileiro para uma queda de 5,3% de 2020, ante baixa de 2,2% prevista em janeiro deste ano. No entanto, o Fundo aumentou as estimativas para 2021, de 2,3% para 2,9%.
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Quando perguntado sobre se os atritos entre os poderes no País afetam as projeções do FMI, Werner afirmou que a previsão para o Brasil é guiada pelo fato de que o avanço esperado para o PIB brasileiro já eram “relativamente baixos”. Segundo o diretor, as estimativas, mesmo após uma queda acentuada neste ano, eram baixas mesmo antes da pandemia.
Dessa forma, segundo o economista, o País poderia crescer levemente acima de seu potencial. Mas, continuaria limitado pelas mesmas questões que o detinham antes, concluiu Werner.
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Para o diretor, o País deveria prosseguir na agenda reformas estruturais após as medidas de combate à pandemia começarem a surtir efeito. Dessa forma, seria possível retomar o caminho previsto pelo FMI, antes dos impactos da crise do coronavírus. Em todo o caso, isso deve começar a mostrar sinais apenas em 2021, avalia Werner.
O economista escrevei, nos canais digitais do FMI, que a América Latina e o Caribe devem enfrentar a piro recessão econômica desde pelo menos 1950. A projeção feita pelo FMI é de contração de 5,2% do PIB da região em 2020. Para 2021, as estimativas são de que as atividades na América Latina e no Caribe avancem 3,4%.
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O economista ainda afirmou que o FMI não acredita que haja um dilema entre salvar vidas e apoiar a economia. “Conforme políticas de contenção consigam mitigar a transmissão do vírus, isso permitirá que as economistas regressem mais rápido”, declarou Werner.