Ibovespa abre em queda de 2% e opera abaixo de 80 mil pontos
O Ibovespa abriu em queda nesta quarta-feira (15). O mercado está atento às ações do Banco Central da China para promover liquidez no sistema financeiro em combate ao coronavírus (Covid-19).
Por volta das 10h35, o Ibovespa variava negativamente a 2,03%, retornando aos 78.295,56 pontos. O PBoC, além do corte da taxa de juros de empréstimos, injetou o equivalente a US$ 14,19 bilhões na economia.
Além disso, segue no radar dos investidores:
- Câmara dos Deputados aprova a MP do Contrato Verde e Amarelo
- FMI aponta redução dos investimentos estrangeiros em emergentes
- Cotações no Ibovespa
- Bolsas no exterior
Banco central chinês
O Banco do Povo da China (PBoC), banco central chinês, anunciou, nesta quarta-feira (15), a redução da taxa de empréstimos de médio prazo de um ano, de 3,15% para 2,95%.
O corte da taxa, que já havia sido realizado em fevereiro, é uma tentativa da maior economia asiática em conter os impactos da pandemia do novo coronavírus.
Além disso, o BC da China também anunciou a injeção de 100 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 14,19 bilhões (cerca de R$ 74,19 bilhões) em liquidez ao mercado. A medida foi realizada por meio de operações de instrumentos de crédito de médio prazo (MLF).
O PBoC intensificou seus esforços para auxiliar a segunda maior economia do planeta, por meio de sua política monetária e injeção de recursos extra. O BC chinês, inclusive, poderá reduzir as taxa de depósito, mecanismo similar aos depósitos compulsórios, para estimular as instituições financeiras a conceder empréstimos em meio à crise do coronavírus.
Geração de empregos
A Câmara dos Deputados aprovou, na noite da última terça-feira (14), a medida provisória (MP) que cria o contrato de trabalho verde e amarelo. A medida foi criada pelo governo federal para estimular a criação de empregos para jovens de 18 a 29 anos, e trabalhadores acima de 55 anos.
O texto-base do contrato verde e amarelo foi aprovado com 322 votos a favor e 153 votos contra, com duas abstenções. A MP possui validade até a próxima segunda-feira (20) para ser aprovada pelo Senado, para então seguir à sanção do presidente Jair Bolsonaro.
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Um dos trechos mais polêmicos da MP, a cobrança de contribuição previdenciária sobre o valor do seguro-desemprego, foi cortado ainda na comissão mista da Casa, durante a votação do dia 17 de março. A proposta do governo federal estipulava que esse desconto seria obrigatório, com o argumento de que a contribuição compensaria a perda de arrecadação com o programa.
Entretanto, muitos parlamentares foram contrários à ideia e, no texto aprovado, esse desconto tornou-se opcional. Se escolher pela cobrança, estipulada de 7,5%, o beneficiário poderá incluir esse período na hora de estimar o tempo de contribuição para a aposentadoria.
Investimentos estrangeiros
Segundo os dados do relatório de estabilidade financeira global, do Fundo Monetário Internacional (FMI), divulgado na última terça-feira, os mercados estrangeiros sofreram com recordes de saques de investidores estrangeiros.
Segundo a entidade internacional, desde 21 de janeiro o fluxo de recursos para países emergentes registra resultado negativo em US$ 100 bilhões (R$ 519 bilhões). Esse é o pior desempenho já observado em um período tão curto, apontou o FMI.
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A saída de aporte financeiro por parte de investidores estrangeiros em carteira representa 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) agregado dos países emergentes registrado no primeiro trimestre de 2020, segundo cálculos exibidos no relatório.
Maiores altas e baixas do Ibovespa
Confira algumas das maiores altas e baixas do Ibovespa, por volta das 10h45.
- IRB Brasil (IRBR3): +7,10%
- Cogna (COGN3): +4,4%
- NTCO (NTCO3): +4,13%
- YDUQS (YDUQ3): +1,88%
- Gerdau (GGBR4): -5,10%
- Petrobras (PETR3): -4,60%
- Usiminas (USIM5): -3,56%
- CSN (CSNA3): -3,63%
Bolsas no exterior
Além do Ibovespa, confira o desempenho dos principais índices acionários no exterior por volta das 10h25 desta quarta-feira:
- Londres (FTSE 100): -2,67%
- Frankfurt (DAX 30): -3,36%
- Paris (CAC 40): -3,09%
- Milão (FTSE/MIB): -3,38%
- Xangai (SSEC): -0,57%
- Tóquio (Nikkei 225): -0,45%
- Nova York (S&P 500) futuro: -2,51%
Última cotação
Na última sessão, terça-feira (14), o Ibovespa encerrou em alta de 1,37%, a 79.918,359 pontos.