Suzano (SUZB3) não adotará suspensão dos contratos de trabalho

O presidente-executivo da Suzano (SUZB3), Walter Schalka, declarou nesta terça-feira (14) que não irá aplicar os mecanismos de suspensão de contratos de trabalho neste momento.

Em teleconferência com jornalistas, Schalka afirmou possuir 11 fábricas no Brasil. Segundo o executivo, todas estão operando na normalidade, após tomar medidas de proteção dos funcionários contra os riscos de contágio pelo novo coronavírus. “Não temos intenção de aplicar esta MP neste momento”, declarou o presidente da Suzano.

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A disposição está prevista pela Medida Provisória 396, chamada pelo presidente da República Jair Bolsonaro de “Programa Emergencial de Manutenção do Emprego”. O texto permite às empresas suspender contratos de trabalho e reduzir salários e jornadas por até 90 dias, liberando as companhias da necessidade de negociação com sindicatos.

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O segmento da Suzano, setor de celulose, é dos pouco afetados pela crise da pandemia do novo coronavírus. A companhia não registrou grandes quedas de receita, em função do produto necessário a uma série de itens de proteção individual. A matéria-prima é utilizada para a confecção de máscaras, lenços descartáveis, assim como outros papéis de higiene.

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De acordo apresentação da Suzano realizada na semana anterior, o segmento de papel tissue representa 61% da receita da empresa. A procura por celulose para aplicação no setor está em crescimento. A demanda aumenta em todas as regiões do mundo, impulsionadas pela pandemia do novo coronavírus.

Suzano irá doar máscaras e respiradores

O presidente da companhia de celulose informou que, em função da posição privilegiada, a empresa trabalha em ações de redução dos impactos da pandemia no Brasil.

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Nesse sentido, a Suzano doou R$ 50 milhões na forma de uma série de ações, como embarque de 159 e milhares de máscaras para proteção individual comparadas na China para envio ao País. Os produtos tem previsão de chegada para quarta-feira, vindos em um voo da Emirates, após uma escala em Dubai, nos Emirados Árabes. “A escolha desta rota foi proposital, o risco da carga ser retida é muito baixo”, afirmou Schalka.

Da mesma forma, o diretor-executivo de relações e gestão legal da Suzano, Pablo Machado, informou que a empresa comprou 1 milhão de máscaras hospitalares na China. O primeiro lote, de entre 250 mil e 500 mil itens, birá junto com os respiradores. “Trabalhamos junto ao Itamaraty e à embaixada brasileira na China para medidas para que a carga possa chegar a salvo ao Brasil”, declarou Machado.

Arthur Guimarães

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