Dólar avança 1,864% e fecha o primeiro dia da semana cotado a R$ 5,1855
O dólar encerrou as negociações desta segunda-feira (13) em alta de 1,864%, cotado a R$ 5,1855 na venda. A moeda registrou forte variação positiva no primeiro dia da semana.
O dólar foi puxado pelo movimento das moedas no exterior e encerrou em alta após quatro quedas consecutivas. Os investidores continuam cautelosos quanto aos impactos da pandemia do novo coronavírus (covid-19) sobre a economia mundial. Da mesma forma, ficam de olho na variação do preço da principal commodity, o petróleo.
Os investidores se preparam na medida em que aparecem os sinais de uma forte e generalizada recessão global.
Veja as principais notícias que mexeram com o mercado de câmbio nesta segunda-feira:
- Fed diz ter ferramentas contra deflação
- Boletim Focus prevê queda de 1,96% no PIB
- Corte na produção deverá ser de 15 a 20 milhões de barris
Fed diz ter ferramentas contra deflação
O vice-presidente do Federal Reserve (Fed), Richard Clarida, informou nessa segunda-feira através de uma entrevista à Bloomberg Television que acredita ter as ferramentas para manter a economia dos Estados Unidos livre de deflação e para sustentar a economia durante “esse período desafiador”, se referindo ao período de crise do novo coronavírus.
Saiba mais: Fed diz ter ferramentas para manter economia dos EUA livre da deflação
A autoridade monetária também pretende financiar a compra de algumas ações com rendimento alto de empresas que foram rebaixadas devido a crise, mas que haviam recebido grau de investimento antes dessa.
Clarida ainda anunciou: “usaremos nossa autoridade com força e agressividade até estarmos confiantes de que a economia se recuperou”. “Não há nada de fundamentalmente errado com a economia americana. Começou o ano em uma posição muito forte em termos de emprego, crescimento e mercados financeiros, e estou confiante de que podemos retomar isso”.
Boletim Focus prevê queda de 1,96% no PIB
Os especialistas do mercado financeiro, responsáveis pela elaboração do Boletim Focus, cortaram a previsão do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 novamente. Na divulgação desta segunda-feira, a estimativa é de uma recessão na economia brasileira, com uma queda de 1,96%. A previsão era de -1,18%, na semana anterior.
Na primeira elaboração do Boletim Focus deste ano, os economistas previam um crescimento de 2,30% no PIB. Devido aos impactos econômicos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), essa é a nona semana consecutiva em que a previsão da atividade econômica brasileira é reduzida. Para o ano que vem, os principais analistas do mercado financeiro estimam que a economia irá crescer 2,70%.
Saiba mais: Boletim Focus prevê queda de 1,96% no PIB de 2020
Por sua vez, a previsão da taxa básica de juros da economia (Selic) para 2021 foi reduzida para 4,50%, na semana passada a previsão era de 4,75%. Para este ano, a Selic manteve-se em 3,25%. Há cerca de quatro semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu cortar a taxa de juros mais uma vez, deixando-a em 3,75%, no menor patamar de sua série histórica.
No entanto, há quase três meses, a previsão dos economistas do Banco Central (BC) para a taxa Selic em 2020 era um pouco maior, de 4,50%
Corte na produção deverá ser de 15 a 20 milhões de barris
O ministro da Energia da Rússia, Alexander Novak, anunciou nesta segunda-feira que o acordo global sobre corte na produção de petróleo pode totalizar de 15 a 20 milhões de barris por dia (bpd) em maio e junho.
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Os cortes conjuntos envolvem grandes países produtores de petróleo, como os membros da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), a Rússia e os Estados Unidos.
De acordo com presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Opep irá reduzir a produção em 20 milhões de barris por dia. A informação foi divulgada nesta segunda-feira em sua conta no Twitter.
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A Arábia Saudita confirmou o corte na produção de petróleo. O príncipe Abdulaziz bin Salman, ministro de Energia do país árabe, declarou nesta segunda que os cortes efetivos na oferta da commodity devem chegar a cerca de 19,5 milhões de barris por dia.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quinta-feira (9), o dólar encerrou em queda de 1,02%, cotado em R$ 5,0906.