Fed diz ter ferramentas para manter economia dos EUA livre da deflação

O vice-presidente do Federal Reserve (Fed), Richard Clarida, informou nessa segunda-feira (13) através de uma entrevista à Bloomberg Television que acredita ter as ferramentas para manter a economia dos Estados Unidos livre de deflação e para sustentar a economia durante “esse período desafiador”, se referindo ao período de crise do novo coronavírus (Covid-19).

Além disso, o Fed colocou em prática diversas medidas emergenciais com o objetivo de custear US$ 2,3 trilhões (cerca de R$ 10 trilhões) em empréstimos e reduzir as taxas de juros do país para uma faixa de quase 0%, tentando conter os efeitos econômicos da pandemia.

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O banco central também pretende financiar a compra de algumas ações com rendimento alto de empresas que foram rebaixadas devido a crise, mas que haviam recebido grau de investimento antes dessa.

Clarida ainda informou que “a demanda é impactada de maneira muito adversa, estamos tentando compensar isso com nossa política”.

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Ele ainda anunciou: “usaremos nossa autoridade com força e agressividade até estarmos confiantes de que a economia se recuperou”. “Não há nada de fundamentalmente errado com a economia americana. Começou o ano em uma posição muito forte em termos de emprego, crescimento e mercados financeiros, e estou confiante de que podemos retomar isso”.

Entretanto, cerca de 17 milhões de norte-americanos já solicitaram o auxílio desemprego nas últimas semanas, além do Produto Interno Bruto (PIB) do país apresentar uma redução no segundo trimestre desse ano.

Fed manterá taxa de juros

Contudo economistas se preocupam, pois caso os impactos econômicos causados pela pandemia levem a uma forte queda na demanda de produtos, bem como uma queda persistente dos preços, os consumidores vão parar de consumir prevendo que os preços cairão ainda mais. Dessa forma, o país pode entrar em uma armadilha deflacionária.

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Diante disso, Clarida salientou que manterá os juros do modo que estão até que a economia esteja no caminho certo para alcançar o máximo emprego e estabilidade de preços. O presidente do Fed ainda completou dizendo “estamos construindo uma ponte até que a economia possa chegar ao outro lado e começar a se recuperar e, se isso acontecer mais cedo, certamente saberemos o que fazer nesse momento”.

Em relação ao risco moral, o representante do Fed informou “acho que o risco moral em circunstâncias passadas, quando associado a excessos financeiros ou excessos do setor privado, é obviamente algo para ser avaliado e pensado, mas, neste caso, é um evento totalmente exógeno”.

Laura Moutinho

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