Ministros da UE aprovam pacote de 540 bilhões de euros contra pandemia
Os ministros das Finanças dos países da União Europeia (UE) aprovaram na noite desta quinta-feira (9) um pacote de medias de 5040 milhões de euros para combater os efeitos do novo coronavírus (covid-19).
A medida para enfrentar os impactos econômicos da pandemia global não incluem, no entanto, o compartilhamento dos custos gerados pela crise de saúde pública. As discussões dentro da UE sobre essa possibilidade de partilhar as despesas foram adiadas.
O acordo representou um momento de unidade entre os países membros do bloco europeu. Na última terça-feira (7), os ministros das Finanças passaram mais de 15 horas tentando chegar a um acordo, sem sucesso.
O acordo desta quinta-feira representa, no entanto, apenas uma trégua temporária entre os membros do bloco. Países mais afetados, como Itália e Espanha, discutem com as nações do norte da UE, como Alemanha e Holanda, sobre a possibilidade de aumentar a dívida. A medida teria como objetivo emitir uma dívida para os 19 integrantes da zona do euro, a fim de financiar o combate a pandemia, assim como a recuperação da crise.
Os governos dos países do sul argumentam que garantias de emissão de dívida comum são essenciais para permitir que aumentem as despesas para lidar com a crise do novo coronavírus.
Saiba mais: União Europeia pretende fornecer mais auxílio aos bancos
De outro modo, países mais atingidos, podem restringir concessões nesse momento, a fim de evitar um alto nível de endividamento. Nesse sentido, o financiamento poderia ajudar a custear as despesas em saúde e os incentivos econômicos diretamente relacionados com o crise atual.
Outras medidas aprovadas pela UE
Além disso, os ministros da Finanças também aprovaram um programa de apoio a empregos de 100 bilhões de euros. O projeto foi proposto na semana anterior pela Comissão Europeia.
A medida tem como objetivo auxiliar os governos a financiar programa que impeçam as empresas de demitir trabalhadores durante a crise. O projeto prevê que o órgão executivo da UE contrate empréstimos diretamente dos mercados, com garantias fornecidas pelos Estados membros.