Petróleo: Arábia Saudita adia divulgação de preços de venda
A Saudi Aramco, estatal saudita e maior produtora de petróleo do mundo, irá adiar a liberação de seu preço de venda oficial (OSP, na sigla em inglês) de maio. A divulgação será realizada após a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), prevista para a próxima quinta-feira (9), segundo reportou a agência de notícias “Reuters” no último domingo (5).
O cartel estuda possíveis cortes na produção diária de petróleo entre os países, o que diminuiria a pressão sobre os preços da commodity. A Arábia Saudita aguarda a conclusão das negociações.
“É uma medida que nunca foi tomada pela Aramco. Os OSPs de maio dependerão da conclusão da reunião da Opep+. Estamos fazendo o possível para torná-la bem-sucedida, incluindo a tomada de uma medida extraordinária para atrasar os OSPs”, disse uma fonte saudita à “Reuters”.
Regularmente, a Saudi Aramco divulga seus OSPs até o dia 5 de cada mês. A determinação do preço direciona a tendência de produção e preços do Irã, Kuwait e Iraque, impactando em mais de 12 milhões de barris de petróleo por dia com destino à Ásia.
A guerra de preços de petróleo acirrada entre a Arábia Saudita e Rússia fez com que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump intervisse entre as potências, quando disse que ambas as nações “diminuiriam significativamente sua produção”. Isso fez com que a Opep+, cartel acrescido da Rússia, marcasse a reunião da próxima quinta-feira.
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Após as fracassadas negociações a Opep+ no começo de março, acerca de um possível corte na produção diária de petróleo, a cotação do barril de Brent chegou a apresentar uma queda diária do mesmo patamar que durante a Guerra do Golfo, ocorrida entre 1990 e 1991, de 31%.
Devido aos impactos econômicos, financeiros e comerciais causados pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o petróleo vem sofrendo fortemente neste ano. O barril de Brent iniciou o ano cotado a US$ 68,75, e chegou a ser negociado a US$ 21,65, uma desvalorização de mais de 68,50%.