Ibovespa volta ao nível de 129 mil pontos e fecha semana com alta de 1,54%

O Ibovespa superou o nível dos 129 mil pontos nesta quinta-feira (17) e fechou o dia em alta de 1,04%, aos 129.650,03 pontos. O giro financeiro de R$ 22,3 bilhões ficou na média diária de negócios, numa sessão com liquidez reduzida por causa da véspera do feriado.

O vencimento de opções sobre ações movimentou o mercado e manteve o fluxo próximo da média. Na semana mais curta, a Bolsa acumulou valorização de 1,54%, apesar de ainda recuar 0,47% no mês de abril.

O movimento do dia repercutiu positivamente declarações do Ministério do Comércio da China de que o país segue aberto ao diálogo com os EUA, com base no “respeito mútuo”. Em resposta, o presidente Donald Trump disse acreditar que fará “um bom acordo” com Pequim.

A possibilidade de arrefecimento das tensões comerciais, com sinalizações que são “importantíssimas”, ajudou no apetite para a Bolsa nesta quinta-feira, segundo analistas. Ao mesmo tempo, reduziu o apetite pelo dólar, que seguiu em queda ancorado também nos planos atualizados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que deram suporte aos preços do petróleo, com avanços de 3,53% (WTI) e 3,20% (Brent). A avaliação é de Janiv Shah, da Rystad Energy.

Com isso, a Petrobras teve um dia de recuperação, com altas fortes tanto em PETR3 (3,74%) e PETR4 (3,17%). Nem mesmo o anúncio de corte de 3,3% no preço do diesel, a partir desta sexta-feira (18), prejudicou as cotações da estatal.

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Embora o anúncio possa indicar redução de ganhos para a companhia, a Ativa Investimentos pondera que as ações não foram afetadas negativamente porque a redução do diesel está em linha com os números da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) e do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) em relação ao nível de preços domésticos frente aos internacionais.

Ibovespa: confira altas e baixas do dia

Bolsas operam em direções mistas nos EUA e caem na Europa

As bolsas de Nova York encerraram a quinta-feira (17), em direções distintas, em uma sessão volátil marcada pela tentativa dos investidores de reduzir as perdas acumuladas nos últimos dias. O Dow Jones fechou em forte queda, de 1,33%, aos 39.142,23 pontos, pressionado por uma desvalorização de 22% das ações da UnitedHealth, após frustração com os resultados trimestrais da companhia, a de maior peso no índice.

O S&P 500 avançou 0,13%, aos 5.282,70 pontos; e o Nasdaq teve baixa de 0,13%, aos 16.286,45 pontos. Entre os destaques do dia, a Nvidia caiu 2,87%, ampliando para 10% a perda acumulada em dois dias, após revelar um impacto de US$ 5,5 bilhões nos resultados devido às restrições de exportação de chips para a China.

As bolsas da Europa fecharam o pregão em queda, à espera de resultados mais concretos sobre as negociações de tarifas entre os EUA e grandes economias ao redor do mundo. O corte de 25 pontos-base dos juros pelo Banco Central Europeu (BCE) no período da manhã, como previsto pelos analistas, deu algum impulso às bolsas, mas não o suficiente para saírem do vermelho.

O CAC 40, em Paris, recuou 0,60%, aos 7.285,86 pontos, enquanto o Ibex 35, em Madri, caiu 0,19%, aos 12.918 pontos. O PSI 20, de Lisboa, teve queda de 0,15%, aos 6.735,84 pontos. Em Milão, o FTSE MIB caiu 0,24%, a 35.980,43 pontos, e o DAX, da Bolsa de Frankfurt, recuou 0,49%, a 21.205,86 pontos. Em Londres, o FTSE 100 ficou estável em 8.275,66 pontos.

*Com Estadão Conteúdo e informações da Dow Jones Newswires

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Redação Suno Notícias

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