Dólar bate novo recorde e fecha cotado em R$ 5,266
O dólar encerrou nesta quinta-feira (2) em alta de 0,09%, negociado a R$ 5,266 na venda, batendo novo record nominal.
Confira as noticias que movimentaram o mercado nessa quinta-feira:
- EUA: pedidos de seguro-desemprego passam de 6 milhões;
- PIB: queda nas projeções;
- Fed: manutenção de empregos é fundamental para uma rápida recuperação.
Pedidos de seguro-desemprego nos EUA passam de 6 milhões
Os pedidos de seguro-desemprego dos EUA bateram mais um recorde na semana encerrada no dia 28 de março. De acordo com a divulgação do Departamento do Trabalho norte-americano nesta quinta-feira, foram realizados 6,64 milhões de pedidos ao governo.
A leitura divulgada pelo órgão estatal superou em quase o dobro a estimativa dos especialistas ouvidos pelo jornal “The Wall Street Journal”, que era de aproximadamente 3,1 milhões de pedidos.
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Na divulgação da última semana, o Departamento de Trabalho informou que na semana encerrada no dia 20 de março, foram realizados 3,2 milhões de pedidos. Antes disso, uma quantidade de pedidos similarmente tão alta foi registrada em outubro de 1982, com cerca de 695 mil pedidos.
Ou seja, a leitura reportada nesta quinta-feira é cerca do dobro da última semana e mais de 800% superior ao recorde anterior. É importante salientar que, até a última semana, número total de desempregados que já recebiam o seguro em todo o país era de 2,006 milhões.
Queda no PIB brasileiro
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil poderá ser contraído em pelo menos 0,3%. A previsão foi divulgada pelo Departamento das Nações Unidas para Assuntos Econômicos e Sociais (DESA, na sigla em inglês) na última quarta-feira (1).
A estimativa da ONU para o PIB brasileiro fica abaixo da projeção do Banco Central (BC), o qual, na semana passada, cortou de 2,2% para zero. Além disso, o documento revelado pela organização alerta que a economia mundial poderá cair até 0,9%.
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Além da ONU, o Bank of America (BofA) informou que o PIB brasileiro deve cair até 3,5% em 2020, devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Em contrapartida a retração nesse ano, o BofA estima um avanço, na mesma porcentagem, 3,5% para o PIB brasileiro em 2021. Os economistas informaram “o crescimento deve atingir 3,5% no próximo ano, em relação à nossa previsão anterior de crescimento de 2,5%”.
Fed: manutenção de empregos é fundamental para uma rápida recuperação
O presidente do Federal Reserve (Fed) de Minneapolis, Neel Kashkari, declarou nesta quinta-feira que a manutenção dos empregos é fundamental para que a economia volte a se recuperar rapidamente após a pandemia.
“Uma coisa que sabemos de 2008, quando milhões e milhões e milhões de norte-americanos perderam seus empregos, é que levou mais de uma década para reorganizar o mercado de trabalho”, declarou o presidente do Fed em uma teleconferência, comentando a situação do coronavírus, “Estou realmente satisfeito por muitas ações do governo federal e dos governos estaduais terem sido focada em tentar manter os trabalhadores em seus empregos.”
Segundo Kashkari, estamos vivendo “quase certamente” uma recessão. Isso pois as autoridades obrigaram as pessoas a permanecer de quarentena em casa, e as empresas a fechar as portas tentando reduzir a velocidade do surto de coronavírus.
Última cotação do dólar
Na última sessão, quarta-feira, o dólar encerrou em alta cotado a R$ 5,2613.