Ibovespa volta a fechar em alta, com expectativas otimistas após ata do Copom

Ibovespa terminou o dia com 0,57% de valorização e analistas mostram otimismo com sinalização do Copom sobre a Selic.

O Ibovespa voltou a renovar a máxima intradia do ano ao longo da sessão desta terça-feira (25), mas perdeu força e fechou em alta mais leve, de 0,57%, aos 132.067,69 pontos, com giro de R$ 19,7 bilhões. Entre a mínima e a máxima, foi dos 131.325,36 aos 133.471,08 pontos, saindo de abertura aos 131.326,63 pontos.

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Na semana, o acumulado ainda é negativo, em -0,21%, mas os ganhos chegam no mês a 7,55%; no ano, a 9,80%. O dia foi de alta bem espalhada pelas ações de maior peso, como Vale (VALE3), de +0,33%, Petrobras (PETR3 +0,97% e PETR4 +0,79%) e, entre os grandes bancos, Bradesco (BBDC3 +0,78% e BBDC4 +1,66%).

Na ponta vencedora do Ibovespa, Vamos (VAMO3, +15,62%), empresa de locação de máquinas e equipamentos que reportou lucro bem recebido pelo mercado, aponta Matheus Lima, analista da Top Gain. “Tivemos a ata do Copom que não trouxe muitas novidades, mas reforçou preocupações com o cenário externo de incertezas. Acredito que teremos pelo menos mais duas altas de juros, mas não temos certeza da magnitude”, destacou o especialista.

Inácio Alves, analista da Melver, credita o cenário positivo do dia à expectativa de desaceleração do aperto dos juros para as reuniões do Copom de maio e junho. “Embora a ata não defina a magnitude dos aumentos, o texto deixa claro que poderá haver um novo aumento, mas que esse aumento será menor”, acrescenta.

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Pedro Caldeira, sócio da One Investimentos, destacou que a ata reforçou o compromisso do Copom de trazer a inflação para a meta de 3% ao ano. “Considerando que ainda há iniciativas fiscais do governo que sugerem um ciclo de alta longo, esse compromisso reiterado contribui para a ponta longa da curva de juros ceder”, diz.

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Dólar cai após sinais de Trump sobre tarifas

Nesta terça-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,75%, a R$ 5,7092, em meio a expectativa de que o governo de Donald Trump continue a flexibilizar iniciativas protecionistas nos EUA. “A perspectiva de uma política tarifária mais moderada e previsível contribui para o retorno do apetite por risco”, diz Bruno Shahini, especialista da Nomad.

Ele acrescenta que dados econômicos americanos, como o índice de confiança do consumidor, também influenciaram a relativa apreciação do real. “O índice de confiança do consumidor apresentou queda acima do esperado em março, nos Estados Unidos, marcando o quarto mês consecutivo de retração, enquanto os dados sobre o mercado imobiliário também vieram abaixo das expectativas”, diz Shahini.

As bolsas de Nova York fecharam o pregão com o Dow Jones perto da estabilidade e altas do S&P 500 e do Nasdaq. O índice Dow Jones fechou em alta de 0,01%, aos 42.587,50 pontos; o S&P 500 ganhou 0,16%, aos 5.776,65 pontos; e o Nasdaq avançou 0,46%, aos 18.271,86 pontos.

Os investidores ainda digerem os sinais de que as tarifas previstas para entrar em vigor em 2 de abril podem ser mais brandas do que o esperado, enquanto dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) dão sinais de cautela em um ambiente macroeconômico de incertezas.

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Com Estadão Conteúdo

Fernando Cesarotti

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