B3 (B3SA3): Goldman Sachs revisa estimativas e cita dividendos

A B3 (B3SA3) segue consolidando sua estratégia de expansão e fortalecimento do portfólio, com destaque para a fusão com Neoway e Neurotech, prevista para abril. Segundo estimativas do Goldman Sachs, essa movimentação deve proporcionar um benefício fiscal total de R$ 800 milhões ao longo dos próximos cinco anos.

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Em teleconferência de resultados, além das sinergias fiscais, a gestão da companhia apontou perspectivas positivas para o crescimento do volume de negócios, especialmente com novos produtos voltados para investidores de varejo. A direção também destacou o potencial impacto positivo dos instrumentos de capital não monetários sobre os volumes de negócios em 2025.

O Goldman Sachs fez ajustes em suas projeções para a B3, reduzindo a estimativa de lucro líquido para 2025 em 4% e para 2026 em 2%. O principal fator para a revisão foi a queda nos volumes de derivativos não relacionados a ações e um aumento nas despesas no quarto trimestre de 2024.

Em contrapartida, a projeção para o volume médio diário negociado em ações (ADTV) foi elevada em 2% para 2025 e 3% para 2026, com expectativas de crescimento moderado de 2% em 2025, atingindo R$ 24,6 bilhões, e 8% em 2026, chegando a R$ 26,6 bilhões.

Apesar dos ajustes, a casa manteve recomendação de compra para as ações da B3 e preço-alvo em R$ 12 para os próximos 12 meses.

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Os analistas afirmam que as ações B3SA3 estão sendo negociadas a 11,6 vezes o lucro estimado para 2025, um desconto de 33% em relação à sua média histórica de 17,4 vezes.

Em comparação com outras bolsas globais, que operam a uma média de 25,1 vezes, a B3 segue avaliada abaixo desse patamar, mas acima da média dos players financeiros brasileiros excluindo bancos (9,5 vezes), diz o Goldman Sachs.

Em relação à política de distribuição de proventos, a B3 anunciou um payout de 90% a 110% do lucro líquido para 2025, ligeiramente inferior ao percentual de 116% registrado em 2024. No entanto, a administração indicou que o payout deve se manter próximo a 100%, especialmente devido à redução da diferença entre geração de caixa e lucro líquido.

O modelo de distribuição da B3 também deve privilegiar programas de recompra de ações em momentos de avaliação comprimida, dizem os analistas, a exemplo do ocorrido em 2024, quando 70% do payout foi realizado por meio de buybacks.

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Guilherme Serrano

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