B3 (B3SA3) tem queda nos volumes e analistas mantêm ‘compra’
Os dados operacionais da B3 (B3SA3) referentes a janeiro mostraram uma queda no volume médio diário negociado (ADTV) no mercado de ações e uma retração na receita com derivativos. Contudo, o Goldman Sachs mantém otimismo com a tese.
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Apesar da fraqueza sazonal no primeiro mês do ano, a casa mantém recomendação de compra para as ações da B3, com preço-alvo de R$ 12, destacando a resiliência da empresa e sua atratividade em termos de valuation e dividendos.
O volume médio diário de ações caiu 22% na comparação mensal, mas registrou alta de 1% em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 23,6 bilhões.
A receita com derivativos de ações recuou 4% no mês e acumula queda de 20% na base anual, ficando 25% abaixo das estimativas do Goldman Sachs.
Essa retração se deve a taxas menores (-2% no trimestre, 4% abaixo da projeção) e à redução dos volumes negociados (-13% no trimestre, 21% abaixo da estimativa).
No segmento de derivativos não relacionados a ações, as receitas recuaram 5% no trimestre, mas ainda registram alta de 32% na comparação anual.
A combinação de volumes menores (-16% no mês, -6% no ano) e taxas mais baixas (-2% no mês, +41% no ano) resultou em uma receita trimestral de R$ 671 milhões, número levemente acima das expectativas do Goldman Sachs (+1%).
Mesmo com um início de ano mais fraco, o Goldman Sachs reforça sua visão positiva sobre a B3SA3. A casa destaca a diversificação das receitas da companhia como um fator defensivo em meio à volatilidade do mercado.
Além disso, o valuation da B3 segue atrativo, diz a casa, com as ações B3SA3 sendo negociadas a 11,3 vezes o lucro esperado para 2025, um desconto expressivo em relação à mediana de seus pares globais, que operam a 25 vezes o lucro.
Outro ponto favorável citado pelo Goldman Sachs é o sólido retorno aos acionistas, com um dividend yield projetado em 9%, o que, na visão da casa, torna a B3 um investimento interessante mesmo diante da fraqueza nos volumes de negociação.