Bolsas mundiais: Ásia fecha em alta e Europa sobe antes de CPI
Entre as bolsas mundiais hoje (12), as asiáticas fecharam em alta, à medida que ações do setor imobiliário chinês saltaram, deixando preocupações com disputas tarifárias em segundo plano. Notícia da Bloomberg de que o governo chinês estuda um plano de resgate equivalente a US$ 6,8 bilhões para a incorporadora China Vanke impulsionou o apetite por risco nos mercados chineses e em Hong Kong.
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Na China continental, o Xangai Composto avançou 0,85%, a 3.346,39 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto teve ganho de 1,29%, a 2.033,97 pontos. Apenas a Vanke subiu 9,9%, impulsionando outras empresas do setor como Poly Developments & Holdings Group (+3,6%) e Greenland Holdings Corp. (+3,7%).
O Hang Seng teve alta ainda mais expressiva em Hong Kong, de 2,64%, a 21.857,92 pontos, com ganhos liderados por ações de imobiliárias e de tecnologia. A ação local da Vanke disparou 17% e outros destaques do setor foram Longfor Group (+8%) e China Overseas Land & Investment (+5,8%). Já o Alibaba subiu 8,5% após relatos de que a gigante de comércio eletrônico fechou parceria com a Apple para oferecer serviços de inteligência artificial (IA) para usuários chineses do iPhone.
Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei voltou de um feriado com alta de 0,42% em Tóquio, a 38.963,70 pontos, em meio à desvalorização do iene, que melhora a perspectiva de lucro de empresas dedicadas a exportações, e o sul-coreano Kospi avançou 0,37% em Seul, a 2.548,39 pontos. Na contramão, o Taiex caiu 0,40% em Taiwan, a 23.289,75 pontos.
Apesar do clima positivo, investidores seguem atentos ao embate tarifário entre EUA e China. A possibilidade de que o presidente dos EUA, Donald Trump, anuncie tarifas “recíprocas” hoje também está no radar.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo segundo dia consecutivo, com alta de 0,60% em Sydney, a 8.535,30 pontos.
Europa opera em alta
As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quarta-feira, em meio a um salto nas ações da cervejaria holandesa Heineken e na expectativa por novos dados de inflação dos EUA.
Por volta das 7h (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,17%, a 548,09 pontos. Apenas o subíndice de alimentos e bebidas tinha ganho de 1,5%, após balanço da Heineken.
Embora tenha lucrado menos do que o esperado em 2024, a Heineken anunciou uma inesperada recompra de ações de 1,5 bilhão de euros, o que não acontecia há uma década, segundo o analista do ING Reg Watson. No horário acima, a ação da segunda maior cervejaria do mundo (atrás apenas da AB InBev) saltava quase 12% em Amsterdã.
Após o encerramento dos negócios europeus, está previsto balanço da Telecom Italia.
Investidores na Europa também aguardam os últimos números da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, a ser divulgados nas próximas horas e que têm forte influência na trajetória dos juros básicos americanos.
Ontem, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse no Senado americano que o banco central dos EUA não tem pressa de retomar cortes de juros, quase três semanas depois de deixá-los inalterados com a avaliação de que a inflação permanece elevada. Hoje, Powell fala na Câmara.
Disputas tarifárias também seguem no radar. No fim de semana, o presidente dos EUA, Donald Trump, previu que anunciaria tarifas “recíprocas” até quarta-feira, ou seja, hoje.
Às 7h16 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,11%, a de Paris avançava 0,28% e a de Frankfurt ganhava 0,24%. Já as de Milão e Madri tinham altas de 0,10% e 0,68%, respectivamente. Na contramão, a de Lisboa caía 0,24%.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo