Gerdau (GGBR4) pode se beneficiar de taxação sobre o aço?

De acordo com a imprensa internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar nesta segunda-feira (10) novas tarifas sobre as importações de aço e alumínio para o país. Diante disso, o BTG Pactual emitiu um relatório sobre o tema, avaliando possíveis impactos para a Gerdau (GGBR4).

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A taxação sobre o aço deve ser de 25%, enquanto o alumínio deve ser taxado em 10%. O BTG Pactual lembra que essa não seria a primeira vez que Trump adota medidas protecionistas no setor siderúrgico. Durante seu primeiro mandato, em 2018, ele implementou a chamada Seção 232, sob a justificativa de segurança nacional, que impôs tarifas semelhantes.

Na época, países como Canadá e México conseguiram isenções por meio do USMCA (acordo de livre comércio da América do Norte), enquanto a União Europeia, Coreia do Sul e Austrália negociaram sistemas de cotas para evitar as tarifas.

Dessa vez, porém, as novas tarifas de sobre o aço devem ser aplicadas sem exceções ou brechas, o que pode gerar maior impacto no mercado, diz o BTG Pactual.

A reação imediata do mercado pode ser um aumento nos preços do aço e alumínio nos Estados Unidos, projeta o relatório, impulsionado por eventuais desabastecimentos regionais ou interrupções na cadeia de suprimentos. Contudo, o impacto global pode ser mais limitado, uma vez que os fluxos comerciais tendem a ser redirecionados entre os mercados.

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Para a GGBR4, que possui forte presença no mercado norte-americano, a taxação pode ser um fator positivo. Com as tarifas tornando as importações mais caras, a empresa pode ganhar competitividade dentro dos EUA, diz a casa.

No entanto, analistas do BTG Pactual alertam que o cenário nos EUA ainda não é totalmente favorável, já que a capacidade utilizada da indústria siderúrgica norte-americana está em torno de 73%, sinalizando um ambiente desafiador para preços no curto prazo.

Além disso, no Brasil, a indústria do aço enfrenta dificuldades, com um desconto relevante nos preços das vergalhões de 4% a 5% em janeiro, o que pode impactar os resultados da Gerdau no curto prazo.

Embora a notícia possa gerar um movimento inicial positivo para ações do setor, o BTG Pactual recomenda cautela. A falta de clareza sobre a duração e efetividade das tarifas torna difícil prever impactos sustentáveis para empresas como a Gerdau.

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Guilherme Serrano

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