Bradesco (BBDC4) mantém visão conservadora para 2025
Após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2024, o Bradesco (BBDC4) realizou sua teleconferência de resultados, na qual, segundo o Goldman Sachs, reforçou sua postura conservadora para 2025, mas sem intenção de alterar seus planos de investimento.
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A casa afirma que o BBDC4 prevê crescimento da carteira de crédito e da margem financeira líquida na faixa superior de seu guidance, ao mesmo tempo em que busca oportunidades para controle de custos administrativos e com pessoal.
Diante de um cenário macroeconômico desafiador no Brasil, o Goldman Sachs revisou para baixo sua projeção de lucro líquido do Bradesco em 2025, reduzindo a estimativa em 9%, para R$ 21,5 bilhões. Esse ajuste reflete principalmente maiores provisões para perdas e receitas menores no segmento de seguros.
A expectativa dos analistas é a de que a margem financeira líquida após provisões alcance R$ 39,3 bilhões, dentro do intervalo projetado pelo Bradesco (R$ 37-41 bilhões). Já as receitas com tarifas devem crescer 5% (guidance de 4-8%), enquanto o segmento de seguros pode avançar 8% (guidance de 6-10%). As despesas operacionais, por sua vez, devem subir 6%, dentro da faixa projetada pelo banco (5-9%).
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) do Bradesco deve evoluir gradualmente nos próximos anos, passando de 13,2% em 2025 para 14,2% em 2026 e 15,6% em 2027, projeta o Goldman Sachs.
Os analistas afirmam também que as ações do Bradesco sendo negociadas a um múltiplo de 5 vezes o lucro projetado para 2025, um desconto relevante em relação ao Santander (SANB11), por exemplo, que opera a 6,2 vezes.
Ainda assim, o Bradesco tem uma expectativa de crescimento de lucro por ação (EPS) de 12% até 2027, superando os 10% estimados para o Santander Brasil, diz o relatório.
Assim, o Goldman Sachs reitera recomendação de compra para as ações BBDC4, com preço-alvo de R$ 14, o que representa um potencial de valorização de 16% em relação ao preço atual.
Já para os ADRs do Bradesco negociado em Nova York, o preço-alvo do Goldman Sachs foi elevado para US$ 2,40.