Selic e dólar estáveis, IPCA em alta e PIB em baixa: veja projeções do Boletim Focus desta semana
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu estável pela quinta semana consecutiva, em 15,00%. Em janeiro, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou os juros de 12,25% para 13,25%. O colegiado reiterou a sinalização de mais uma alta de 1 ponto porcentual, a 14,25%, na sua próxima reunião, de março.
Considerando apenas as 71 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 passou de 15,13% para 15,25%.
![Selic e dólar estáveis, IPCA em alta e PIB em baixa: veja projeções do Boletim Focus desta semana](https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/03/iStock-1294366144-800x450.jpg)
A mediana para a Selic no fim de 2026 permaneceu em 12,50%. Um mês antes, era de 12,00%. Levando em conta apenas as 69 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 12,63% para 12,50%.
A estimativa intermediária para o fim de 2027 passou de 10,38% para 10,50%, ante 10,25% quatro semanas antes. A mediana para a taxa Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela sétima semana consecutiva.
Na ata da reunião de janeiro, o Copom afirmou que a elevação da Selic é “compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante.” O colegiado espera inflação de 5,2% em 2025 e de 4,0% no terceiro trimestre de 2026, o horizonte relevante da política monetária.
IPCA sai de 5,51% para 5,58%
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 subiu pela 17ª semana consecutiva, de 5,51% para 5,58% – 1,08 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, era de 5,00%. Considerando apenas as 61 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa passou de 5,58% para 5,51%.
A partir deste ano, a meta começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
Na última ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) assumiu que o cenário para a inflação de curto prazo está adverso, com destaque para a alta dos preços de alimentos, influenciados pela estiagem e o ciclo do boi e com tendência de propagação. Os bens industrializados, por sua vez, são pressionados pelo movimento do câmbio. “Em se concretizando as projeções do cenário de referência, a inflação acumulada em doze meses permanecerá acima do limite superior do intervalo de tolerância da meta nos próximos seis meses consecutivos”, diz o BC.
Já a mediana do relatório Focus para o IPCA de 2026 subiu pela sétima semana seguida, de 4,28% para 4,30%. Um mês antes, estava em 4,05%. Considerando apenas as 41 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a projeção caiu de 4,28% para 4,23%.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, patamar em que está há cinco semanas. A projeção para o IPCA de 2028 passou de 3,74% para 3,78%, o quinto aumento consecutivo, ante 3,56% um mês antes.
PIB cai de 2,06% para 2,03%
A mediana do boletim Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 passou de 2,06% para 2,03%. Um mês antes, estava em 2,02%. Considerando apenas as 42 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 2,06% para 2,01%.
A estimativa intermediária para 2026 passou de 1,72% para 1,70%. Um mês atrás, era de 1,80%. Levando em conta apenas as 38 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,72% para 1,70%.
A mediana para o crescimento do PIB de 2027 se manteve em 1,96%, de 2,00% há um mês. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,0%, como já está há 48 semanas.
O Banco Central (BC) espera que a economia brasileira cresça 3,50% em 2024 e 2,10% este ano, conforme o mais recente Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
Dólar segue em R$ 6
As medianas do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 e 2026 permaneceram em R$ 6,00, pela quinta e quarta semanas consecutivas, respectivamente. A projeção para o fim de 2027 se manteve em R$ 5,93, enquanto a estimativa intermediária para o fim de 2028 oscilou de R$ 6,00 para R$ 5,99.
A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o Banco Central (BC) espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.
Com Estadão Conteúdo