Diversificação global com ETFs: conheça essa forma de investir no exterior
Com a valorização do dólar e as incertezas fiscais no Brasil, a diversificação global se torna uma estratégia cada vez mais relevante para os investidores. No entanto, surgem muitas dúvidas sobre como investir no mercado internacional de forma simples e eficiente. Entre as opções disponíveis, estão os Exchange Traded Funds (ETFs).
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Segundo Alessandra Gontijo, CCO da Investo, essa é uma alternativa eficiente para quem busca se expor em mercados globais de maneira acessível. “Os ETFs garantem liquidez, pois podem ser comprados e vendidos diretamente na B3, além de oferecerem diversificação ao permitir o acesso a uma cesta de ativos por meio de um único investimento”, explica.
Além disso, eles apresentam custos reduzidos em comparação com outros produtos financeiros. “Os ETFs costumam ter taxas de administração mais baixas que os fundos de investimento tradicionais e contam com transparência na precificação”, acrescenta Gontijo.
Lembrando que esta semana temática tem o apoio da Suno e o patrocínio da Investo, a maior gestora independente de ETFs do Brasil. Acompanhe todos os conteúdos neste link.
ETFs: é necessário abrir conta internacional para investir?
Uma das dúvidas mais comuns sobre investimentos no exterior é a obrigatoriedade de abrir uma conta internacional.
No entanto, Evandro Medeiros, analista da Suno Research, esclarece que essa não é uma exigência para quem opta por ETFs. “Hoje, qualquer investidor pode acessar ETFs internacionais por meio de corretoras brasileiras. Muitos ETFs listados na B3 replicam índices estrangeiros, facilitando o acesso ao mercado global”, afirma.
Assim, através da sua própria corretora, o investidor consegue dolarizar seu portfólio por meio de ETFs que são listados no Brasil, mas que são compostos por ativos internacionais.
Vale ressaltar, não há necessidade de conversão cambial. “A maneira mais simples de dolarizar seu portfólio é por meio de ETFs como o WRLD11 e o USDB11, que permitem a exposição ao dólar sem a necessidade de operar diretamente no mercado de câmbio“, menciona Gontijo.
Tributação e vantagens
Há regras específicas de tributação no Brasil, dependendo da classe de ativos. “Nos ETFs de ações e criptoativos, a alíquota do imposto é de 15% para operações comuns e 20% para day trade”, diz Gontijo. Além disso, os prejuízos podem ser compensados com lucros dentro da mesma categoria de investimentos.
Medeiros reforça que a alternativa pode ser vantajosa para investidores iniciantes. “A maior parte dos investidores profissionais não consegue superar consistentemente a rentabilidade média do mercado. Com ETFs, o investidor se alinha ao desempenho médio dos índices globais, o que se mostra uma estratégia vencedora no longo prazo”, pontua.
“Eles combinam características dos BDRs e das ações globais. Com um único ETF, é possível acessar empresas envolvidas em bolsas internacionais, com baixo custo e alta diversificação, sem a necessidade de escolher ativos individuais”, acrescenta Gontijo sobre os ETFs.