Bolsas mundiais: Ásia fecha mista e Europa opera em baixa
Entre as bolsas mundiais hoje (05), as da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única, enquanto investidores aguardavam novidades da disputa tarifária entre EUA e China.

Na volta do feriado do ano-novo lunar, o principal índice acionário chinês, o Xangai Composto, caiu 0,65%, a 3.229,49 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto subiu 0,44%, a 1.919,59 pontos.
Ontem (04), os EUA passaram a impor tarifas de 10% às importações chinesas. Em retaliação, Pequim prometeu tarifar alguns produtos americanos em até 15%, a partir do dia 10. Para analistas, porém, as tarifas são moderadas e abrem o caminho para que os dois lados negociem.
Havia uma expectativa de que os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da China, Xi Jinping, discutissem o assunto ainda na terça-feira, mas o republicano disse “não ter pressa” e que conversará com Xi “no momento apropriado”.
No começo da semana, os EUA fecharam acordos provisórios que adiaram a tarifação de produtos do Canadá e do México em um mês.
No noticiário macroeconômico, o PMI de serviços chinês medido pela S&P Global/Caixin decepcionou ao cair mais do que o esperado em janeiro, para 51, aproximando-se da marca de 50 que indicaria estagnação da atividade.
Em Tóquio, o japonês Nikkei teve alta marginal de 0,09%, a 38.831,48 pontos, sustentado pelo setor automotivo. A Toyota avançou 3,1% após elevar projeções de lucro em balanço trimestral. Já a Honda saltou 8,2% após relatos de que a empresa desistiu de buscar uma fusão com a Nissan, que reagiu negativamente, com queda de 4,9%.
Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi avançou 1,11% em Seul, a 2.509,27 pontos, o Hang Seng recuou 0,93% em Hong Kong, a 20.597,09 pontos, e o Taiex registrou ganho de 1,61% em Taiwan, a 23.161,58 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, depois de acumular perdas nos dois pregões anteriores. O S&P/ASX 200 subiu 0,51% em Sydney, a 8.416,90 pontos.
Europa opera em baixa
As bolsas europeias operam majoritariamente em baixa na manhã desta quarta-feira, enquanto investidores avaliam balanços corporativos e dados de atividade de serviços da região. O desempenho do Santander, porém, ajuda a impulsionar o mercado espanhol.
Por volta das 7h10 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha baixa marginal de 0,03%, a 535,90 pontos.
O Santander era destaque positivo no noticiário de balanços, após superar previsões de lucro e receita no quarto trimestre e anunciar planos de recomprar 10 bilhões de euros em ações próprias. Em Madri, o gigante bancário espanhol saltava 7,3% no horário acima.
O resultado do Crédit Agricole também agradou, e a ação do banco francês avançava 1,6% em Paris.
Em Amsterdã, por outro lado, a ASML – fabricante holandesa de equipamentos para a produção de semicondutores, caía 1%, após balanço decepcionante da americana AMD.
No âmbito macroeconômico, o PMI de serviços da zona do euro recuou a 51,3 em janeiro, ficando abaixo do cálculo prévio, enquanto o do Reino Unido caiu a 50,8 em janeiro, contrariando estimativa inicial de alta.
A questão tarifária dos EUA também segue no radar. Ontem, o presidente americano, Donald Trump, disse não ter pressa de conversar com o par chinês, Xi Jingping, sobre tarifas de 10% que Washington impôs a produtos chineses. No começo da semana, Trump fechou acordos provisórios que adiaram a tarifação de produtos do Canadá e do México em um mês.
Às 7h27 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,07%, a de Paris recuava 0,20% e a de Frankfurt cedia 0,20%. Já as de Milão e Lisboa perdiam 0,70 e 0,09%, respectivamente. A de Madri, por outro lado, avançava 0,84%, com a ajuda do Santander.
Com Estadão Conteúdo