Com juros nas alturas, há oportunidade além da renda fixa?

Com a alta da taxa Selic de 12,25% para 13,25%, e os juros dos Estados Unidos na faixa de 4,5%, a renda fixa ganha atratividade, com CDI rendendo acima de 1% ao mês. Porém, os especialistas ressaltam que existem oportunidades em outros tipos de investimentos, incluindo ações, fundos imobiliários e fundos de investimentos.

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De fato, fica difícil competir com 1% ao mês da renda fixa e ainda livre de riscos. Os títulos bancários, como CDBs, LCIs e outros, possuem a garantia do FGC (Fundo Garantidor de Crédito). Já os títulos públicos do tesouro direto contam com a “segurança” do tesouro soberano. 

O que os especialistas pontuam é que justamente nesses momentos de juros elevados os ativos de renda variável estão em preços atrativos, inclusive os fundos imobiliários. Alguns estão pagando rendimentos mensais com yield acima de 1,20% ao mês.  

Apesar da expectativa de sofrer desvalorização dos ativos listados na bolsa de valores, pode ser atrativa para o investidor que quer ampliar a sua carteira de FIIs e aumentar o seu patrimônio no longo prazo.

O motivo é simples: muitos fundos estão sendo negociados com desconto em relação à qualidade de seus portfólios.

“Em momentos de crise, fundos com ativos bem posicionados estão mais protegidos de problemas na carteira, como aumento de vacância ou inadimplência. Com isso, conseguem manter um patamar estável de distribuição de dividendos e buscar alternativas para destravar valor – como vender imóveis”, diz Leonardo Garcia, analista de research do Trix.

Fundos de renda fixa e de crédito privado geram retornos acima do CDI

Em meio a este contexto, algumas categorias de fundos de investimento podem ser particularmente úteis para preservar o patrimônio em um cenário de alta na taxa de juros, inflação elevada e valorização do dólar diante do real.

De acordo com Ricardo Ribeiro, gestor de renda fixa e multimercados da Fator Gestão de Recursos, os fundos de renda fixa, indexação pós-fixada e baixa volatilidade, podem ser estratégicos dentro deste contexto.

“Os fundos DI despontam como uma excelente escolha. Esses fundos acompanham a taxa Selic Over e oferecem rendimentos próximos ao CDI, com alguns produtos ainda incorporando pequenas exposições a crédito privado high grade“, destaca o gestor do fundo Fator Max DI.

De igual modo, alguns fundos de crédito privado possuem ativos de qualidade e carteiras que geram alfa acima do CDI, embora com risco maior que a renda fixa tradicional.

O investidor, antes de tudo, deve analisar seu perfil de risco e optar por ativos adequados ao seu horizonte de investimento. 

Fundos de investimento globais

Além de olhar para o cenário interno, a diversificação internacional se torna ainda mais importante em um contexto de instabilidade do mercado nacional.

“Com essa estratégia, o investidor reduz a dependência da bolsa brasileira e aumenta as chances de sucesso em seus investimentos, mesmo em cenários locais adversos”, diz Cauê Maçanares, CEO da Investo.

Os fundos de investimento são uma alternativa simples de ter acesso à ativos internacionais, diretamente da bolsa brasileira. Um exemplo é o ETF da Investo WRLD11, que oferece exposição à economia global junto com proteção cambial. Nos últimos doze meses, o fundo apresenta uma variação positiva de mais de 44%.

Além dos ETFs, há ainda os fundos de ações globais, como é o caso do AZ Quest Azimut Equity Allocation Trend FIC FIA IE, fundo de investimento da AZ Quest voltado para ações de alta qualidade e blue chips, sem restrições geográficas. 

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Gustavo Bianch

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