Pix tem queda histórica nas transações após ruídos sobre taxação

Nos primeiros 14 dias de janeiro, foram realizadas 2,29 milhões de transações via Pix, o que representa uma queda de 15,3% frente ao mesmo período de dezembro. O recuo se dá em meio às novas regras anunciadas pelo Governo, que causaram ruídos sobre uma suposta taxação do meio de pagamento, o que foi negado pela Receita Federal.

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A queda no número de transações via Pix foi a maior para a primeira quinzena de janeiro desde a criação do sistema, que entrou em vigor em novembro de 2020. Os dados são compilados diariamente pelo Banco Central (BC).

O volume de transferências neste início de ano foi o menor desde julho do ano passado, interrompendo uma tendência de alta observada entre agosto e dezembro de 2024.

O montante total movimentado pelo Pix na primeira quinzena de 2025 também apresentou recuo. Segundo o BC, foram movimentados R$ 9,2 bilhões até o dia 14 de janeiro, queda de 18,17% em comparação com dezembro.

Por outro lado, o montante ainda representa uma alta de 39,45% frente ao mesmo período do ano passado.

Vale lembrar, contudo, que o mês de janeiro tradicionalmente marca um recuo no número de transações em comparação com dezembro. Em 2022, por exemplo, a primeira quinzena de janeiro teve queda de 12,9% nas transações por Pix ante o mesmo intervalo de dezembro de 2021; em 2023, o recuo foi de 9,89%; e em 2024, de 11,02%.

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Novas regras geram desinformação

A queda no uso do Pix neste início de ano pode ter relação com as fake news que vêm sendo disseminadas desde o anúncio das mudanças de regras de fiscalização para as transferências realizadas pelo meio de pagamento.

A onda de desinformação nas redes sociais diz respeito a uma suposta taxação do Pix.

Em resposta aos rumores, a Receita Federal publicou uma nota oficial negando a criação ou aumento de tributos relacionados ao sistema de pagamento.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também desmentiu as notícias falsas em um vídeo, reafirmando que não há planos para taxar transações realizadas por meio do sistema.

Segundo a Receita Federal, as alterações nas regras do Pix não representam qualquer aumento de tributação. As mudanças têm como objetivo ampliar o monitoramento das transações financeiras, substituindo a Declaração de Operações com Cartões de Crédito (Decred) pela e-Financeira, que centraliza e moderniza o acompanhamento das operações.

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Guilherme Serrano

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