Gol (GOLL4) nega avanço em possível fusão com Azul (AZUL4)

A Gol (GOLL4) informou que não tem ciência de nenhum fato ou ato relevante sobre uma possível fusão com a Azul (AZUL4) que não seja de conhecimento público. O esclarecimento foi divulgado na última sexta-feira (10) em resposta à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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A manifestação ocorre após o jornal Valor Econômico divulgar que as duas companhias estariam prestes a assinar um Memorando de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) nas próximas semanas para discutir os termos de uma eventual combinação de negócios.

No comunicado, a Gol reiterou que o Grupo Abra — holding que controla a companhia — está em negociações com a Azul para “explorar potenciais oportunidades relacionadas à empresa”. No entanto, destacou que qualquer acordo entre a Azul e o Grupo Abra seria de caráter não vinculante.

“A companhia e seus assessores estão conduzindo um processo competitivo, por meio do qual avaliarão propostas de financiamento para saída do procedimento de Chapter 11, além de outras transações alternativas viáveis e competitivas, incluindo oportunidades apresentadas por potenciais fontes de capital próprio e de dívida”, concluiu a Gol.

A possibilidade de fusão entre as duas companhias aéreas vem sendo discutida desde o final do ano passado. Inclusive, a Azul já havia sinalizado a continuidade de conversas com o Grupo Abra, reforçando os rumores sobre um possível acordo no setor aéreo brasileiro.

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Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4): entenda detalhes de possível fusão

Gol e Azul representam cerca de 60% do mercado aéreo brasileiro, o que, em caso de fusão, poderia gerar sinergias significativas, como maior conectividade nas rotas e condições mais favoráveis para renegociar contratos de leasing.

Segundo o BTG Pactual, a sobreposição de rotas entre as duas empresas é relativamente baixa, o que favorece a complementaridade operacional. A GOLL4 tem maior presença em hubs corporativos como Congonhas (CGH), Santos Dumont (SDU) e Brasília (BSB), enquanto a AZUL4 é mais forte em rotas regionais e no interior do país.

Contudo, a fusão entre Gol e Azul enfrentaria obstáculos como a aprovação de órgãos reguladores devido à alta concentração de mercado.

O BTG Pactual destaca que, embora a combinação de mercado das empresas possa ser questionada, o argumento de “empresas em dificuldade” pode ser utilizado para justificar a fusão, especialmente considerando o atual cenário financeiro das duas companhias.

Além disso, tanto a Gol quanto a Azul enfrentam desafios de capital. A dívida elevada e as pressões cambiais aumentam a necessidade de recursos para viabilizar a fusão.

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Guilherme Serrano

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