Itaú (ITUB4): Goldman Sachs reforça compra, mas corta alvo
Em novo relatório sobre o setor bancário, o Goldman Sachs reforçou a sua preferência pelo Itaú (ITUB4) e reiterou recomendação de compra para as ações, ainda que tenha reduzido o preço-alvo para o ativo.
O novo preço-alvo dos analistas para as ações do Itaú é de R$ 38, ante R$ 43. Por volta das 14h desta sexta-feira (10), as ações ITUB4 operavam em queda de 0,74% no Ibovespa, a R$ 30,84.
O relatório afirma que, embora não preveja uma deterioração significativa na qualidade dos ativos dos bancos sob sua cobertura, há sinais de pressão sobre os índices de inadimplência (NPL) até meados de 2025.
A análise destaca que o índice de NPL de 90 dias da indústria tem uma correlação negativa (-78%) com a taxa Selic defasada em seis meses, o que pode levar ao pico da inadimplência no quarto trimestre de 2025.
Por outro lado, fatores como o desemprego em níveis historicamente baixos e expectativas de inflação controladas devem mitigar impactos mais graves na qualidade dos ativos.
Diante desse cenário, o Goldman Sachs vê o Itaú bem posicionado para se destacar. Os analistas projetam que o banco alcance o maior retorno sobre patrimônio líquido (ROE) entre os pares, impulsionado por dividendos adicionais devido ao capital excedente e por um crescimento sólido nos lucros.
Além disso, o Itaú é apontado como beneficiário de um crescimento saudável na carteira de empréstimos e de uma expansão moderada na margem financeira líquida (NIM), enquanto mantém a qualidade dos ativos sob controle.
Com a ação do Itaú negociada abaixo dos níveis históricos de 6,6 vezes o múltiplo Preço/Lucro estimado para 2025, o relatório sugere que muitos dos riscos já estão precificados, tornando o papel uma oportunidade atrativa.
O Goldman Sachs também revisou suas projeções para outras instituições financeiras:
- Bradesco (BBDC4): A recomendação de compra foi mantida, mas o preço-alvo caiu de R$ 17,50 para R$ 14.
- Banco do Brasil (BBAS3): Recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 25.
- Santander Brasil (SANB11): Recomendação de venda, com preço-alvo reduzido para R$ 23.
Neste início de 2025, o Itaú acumula uma alta na casa dos 0,45%. Já em uma janela de 52 semanas, o papel recua pouco mais de 1%.
