Vale (VALE3): BBA reforça otimismo após investor day

Nesta terça-feira (03), a Vale (VALE3) realizou seu investor day em Nova York, evento no qual a companhia apresentou suas projeções para os próximos anos, confirmando algumas expectativas e trazendo ajustes relevantes.

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Em relatório, o Itaú BBA destacou os principais pontos abordados pela mineradora e reforçou a visão de que as ações da Vale (VALE3) permanece como principal escolha da casa no setor de mineração e metais.

A Vale manteve sua estimativa de produção de minério de ferro para 2025 na faixa de 325 a 335 milhões de toneladas, levemente acima da projeção de 328 milhões de toneladas para 2024 e alinhada à previsão de vendas do Itaú BBA, de 318 milhões de toneladas.

A mineradora também reiterou sua meta de alcançar uma produção entre 340 e 360 milhões de toneladas em 2026, consolidando o crescimento no médio prazo.

Em relação aos investimentos, o capex da Vale projetado para 2025 é de US$ 6,5 bilhões, sem alterações em relação às expectativas anteriores e dentro do intervalo esperado pelo mercado.

A empresa espera uma redução nos custos entregues na China (delivered-in-China), que devem ficar entre US$ 53 e 57 por tonelada em 2025, abaixo dos US$ 57/t estimados para 2024.

Apesar da melhoria para o próximo ano, houve uma revisão nos custos previstos para 2026, que subiram para um intervalo de US$ 50 a 54/t, acima da estimativa inicial de US$ 45/t, mas ainda alinhados com os US$ 52/t projetados pelo Itaú BBA.

O custo C1, que exclui terceiros, também deve melhorar, com a projeção de US$ 20,5 a 22/t em 2025, contra US$ 22/t em 2024.

No segmento de metais básicos da Vale, a companhia projeta volumes crescentes para 2025:

  • Níquel: 167 mil toneladas, próximo à previsão do Itaú BBA de 168 mil toneladas.
  • Cobre: 365 mil toneladas, em linha com as estimativas de 348 mil toneladas do banco.

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O crescimento no EBITDA desses produtos é considerado estratégico, refletindo o foco da Vale em diversificação.

A empresa prevê um aumento na participação de produtos de alta qualidade no portfólio. Em 2025, os aglomerados devem representar 13% das vendas, subindo para 20% até 2030.

Contudo, os prêmios de qualidade foram revisados para baixo. A estimativa para 2026 passou de US$ 8-12/t para US$ 4-6/t. Para 2025, o prêmio é projetado entre US$ 3 e 4/t, frente à ausência de prêmios em 2024.

Apesar de alguns ajustes negativos nos custos e nos prêmios, o Itaú BBA destacou que as projeções da Vale estão amplamente alinhadas às suas estimativas e reforçam a estratégia sólida da companhia. Com produção em crescimento, custos controlados e uma maior diversificação com metais básicos, a mineradora segue como a principal recomendação do banco no setor.

O Itaú BBA tem recomendação outperform (compra) para as ações VALE3, com preço-alvo de US$ 13 para as ADRs negociadas em Nova York.

Por volta das 14h30 desta terça-feira, a Vale operava em queda de 0,29% no Ibovespa, com as ações VALE3 cotadas a R$ 58,75.

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Guilherme Serrano

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