Ibovespa: Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) sobem cerca de 20% com readequações

As ações das companhias aéreas sobem cerca de 20% nesta terça-feira (24) no Ibovespa, o principal índice acionário da bolsa de valores de São Paulo (B3), após as empresas anunciarem uma readequação das rotas dada a queda da demanda por causa do coronavírus (Covid-19).

Próximo das 11h30 (de Brasília), os papéis da Gol (GOLL4) subiam 18,47%, cotados a R$ 8,21, enquanto que os da Azul (AZUL4) tinham alta de 20,31%, a R$ 17,18.

Além disso, desde o início da crise causada pelo coronavírus, os papéis das companhias aéreas são os que mais perderam valor de mercado desde então.

A Gol anunciou que irá readequar, em caráter temporária, a malha doméstica a partir do próximo sábado (28) até o dia 3 de maio. Assim, a companhia irá manter as operações com todos os estados, mas com apenas 50 voos diários partindo de São Paulo -uma redução de cerca de 90%.

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A companhia também anunciou que diretores, presidentes e vice-presidentes terão corte de 40% no salário nos próximos meses até junho.

Além de redução salarial dos executivos, a GOL informou que os colaboradores internos e aeroviários terão a jornada reduzida em 35%, assim como os benefícios e salários.

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Já a Azul anunciou que irá reduzir em cerca de 90% a capacidade de voos. A companhia manterá 70 voos diretor por dia.

A Azul também reduzirá os salários de seus colaboradores em 25%, e informou que a contratação de novos funcionários será suspensa.

Ibovespa sobe com bom humor externo

Além da readequação das rotas, a alta também acompanha o bom humor que atinge todo o Ibovespa, que sobe cerca de 9,16%, aos 69.395 pontos, acompanhando a melhora externa, com investidores esperançosos com um pacote de estímulo de US$ 2 trilhões dos EUA.

Para Thiago Salomão, analista de ações da Rico Investimentos, o mercado começa a visualizar um lockdown mais rápido do que o projetado inicialmente.

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“A visão que o mercado está tendo é que o que foi colocado na conta do preço dos ativos é que teríamos uma recessão muito longa e profunda por conta de um lockdown mais longo. Mas se esse lockdown não for tão longo assim as coisas estão se reajustando”, disse Salomão.

Segundo o analista, o impacto no PIB (Produto Interno Bruto) ainda será forte no curto prazo.

“Teremos impacto pesado no PIB, os indicadores econômicos que estão sendo divulgados mostram que teremos um curto prazo bem ruim, mas o que estava precificado pelo mercado é que poderíamos ter uma paralisação muito longa e profunda e talvez isso não aconteça por conta dos avanços que estamos vendo a curto prazo”, afirmou sobre o Ibovespa.

Vinicius Pereira

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