XP: sentimento sobre o Ibovespa segue se deteriorando
A XP investimentos divulgou mais uma edição da sua pesquisa com assessores, e entre as principais conclusões está a de que o sentimento em relação ao Ibovespa segue se deteriorando.
A pesquisa da XP obteve 158 respostas, que indicaram um novo aumento na percepção de cautela em relação à Bolsa.
Os principais pontos do levantamento foram:
- O apetite por investimento em Renda Variável diminuiu, com 18% (+3 p.p. M/M) indicando que os clientes planejam diminuir a exposição, enquanto apenas 16% planejam aumentá-la (-3 p.p. M/M);
- O sentimento dos assessores caiu para 5,5 ante 6,2 em outubro (numa escala de 0 a 10);
- Renda Fixa permanece como a preferida entre os clientes, e o interesse por criptoativos e ETFs aumentou significativamente;
- Preocupações com riscos fiscais e inflação mais alta no Brasil aumentaram;
- A maioria dos clientes não alterou sua alocação em renda variável com as eleições nos EUA e a temporada de resultados do 3º trimestre.
Portanto, quando o assunto é aumentar a exposição à renda variável, houve uma queda de 3 pontos percentuais nesta pesquisa frente ao levantamento anterior, para 16%, menor nível de 2024.
O sentimento do investidor em relação à Bolsa também está na mínima do ano, com apenas 36% (queda de 16 pontos percentuais) dos entrevistados dando nota 7 ou maior para o Ibov. Já a média das notas caiu para 5,5 em novembro, abaixo da marca de 6,2 do mês anterior.
Sobre as projeções para o índice Bovespa, a média apontou para uma estimativa de 134 mil pontos para os próximos 12 meses, abaixo dos 138 mil pontos da pesquisa anterior.
O maior risco para a Bolsa, na visão dos entrevistados, segue sendo a política fiscal. Ela foi citada por 75% dos entrevistados, uma alta de 15 pontos percentuais frente ao último levantamento.
Já as preocupações com a inflação mais alta no Brasil impactando o Ibovespa aumentaram 2 pontos percentuais, atingindo 6% das respostas.