Bolsas mundiais: Ásia fecha em alta e Europa recua
Entre as bolsas mundiais hoje (19), as asiáticas fecharam em alta, à medida que o sentimento de investidores melhorou após comentários favoráveis sobre a economia chinesa.
Na China continental, o índice Xangai Composto subiu 0,67%, a 3.346,01 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 2,19%, a 2.009,86 pontos. Principal órgão de planejamento econômico do país, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, pela sigla em inglês) previu que a segunda maior economia do mundo deverá manter nos últimos dois meses deste ano o ímpeto positivo visto em outubro após a série de medidas de estímulo anunciada por Pequim.
Em outras partes da Ásia, o japonês Nikkei teve alta de 0,51% em Tóquio, a 38.414,43 pontos, impulsionado por ações financeiras e de mineração, enquanto o Hang Seng avançou 0,44% em Hong Kong, a 19.663,67 pontos, o sul-coreano Kospi registrou ligeiro ganho de 0,12% em Seul, a 2.471,95 pontos, e o Taiex subiu 1,34% em Taiwan, a 22.848,80 pontos.
Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul pelo quarto pregão consecutivo. O S&P/ASX 200 avançou 0,89% em Sydney, a 8.374,00 pontos, com a ajuda da mineradora Northern Star Resources (+4%) e da Seven Group Holdings (+3,2%), empresa diversificada com operações em serviços industriais, energia e mídia.
Europa opera em baixa
As bolsas europeias operam em baixa na manhã desta terça-feira, à medida que preocupações geopolíticas ganharam força após a Rússia atualizar sua doutrina nuclear pela primeira vez em mais de quatro anos.
Por volta das 6h10 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 recuava 0,97%, a 497,97 pontos.
Depois de uma abertura majoritariamente positiva, os mercados acionários da Europa assumiram claro viés de baixa após notícia de que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, aprovou uma atualização da doutrina nuclear de Moscou, o que não acontecia desde junho de 2020, segundo a agência de notícias russa Tass. A iniciativa veio dias após os EUA autorizarem a Ucrânia a utilizar mísseis de longa distância de fabricação norte-americana para ataques no território russo.
No âmbito macroeconômico, foi confirmado hoje que a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro acelerou para 2% em outubro, ante 1,7% em setembro, voltando a ficar em linha com a meta oficial de preços do Banco Central Europeu (BCE).
Às 7h27 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,41%, a de Paris recuava 1,23% e a de Frankfurt cedia 1,14%. Já as de Milão, Madri e Lisboa tinham baixas de 2,12%, 1,43% e 0,92%, respectivamente.
Entre ações individuais, a da Nestlé amargava queda de 1,7% em Zurique, após a gigante de alimentos suíça reduzir sua meta de lucratividade para 2025.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo