Taesa (TAEE11) tem alta de 43% no lucro do 3T e anuncia dividendos

A Taesa (TAEE11) reportou lucro líquido nas Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS) de R$ 991,0 milhões no terceiro trimestre, alta de 43,8% ante o mesmo período de 2023. Já o lucro líquido regulatório foi de R$ 307,3 milhões, queda anual de 5,9%. Além disso, a companhia anunciou dividendos e JCP.

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Os JCP e dividendos da Taesa têm valor total de R$ 230.469.280,58, o que equivale a R$ 0,22299952762 por ação (ordinária e preferencial) ou R$ 0,66899858286 por unit (TAEE11).

Do total, serão pagos R$ 137.777.338,14 em JCP da Taesa e R$ 92.691.942,44 em dividendos intercalares.

O pagamento está previsto para o dia 29 de janeiro de 2025, e terão direito aos proventos os investidores posicionados nas ações da Taesa em 11 de novembro de 2024. A partir do dia 12 de novembro, os papéis passam a ser negociados ex-proventos.

Em relatório, o Itaú BBA afirma que os resultados da Taesa vieram em linha com o esperado. A casa destaca que os dividendos representam um payout de 75% sobre o lucro regulatório do trimestre, alinhado com a nova política de dividendos, resultando em um dividend yield de 1,9% para o período e 9,5% no ano de 2023.

Confira a seguir os principais pontos citados pelo BBA sobre o balanço da Taesa:

  • Dívida: A dívida líquida proporcional/EBITDA permaneceu em 4x, e espera-se que a alavancagem permaneça alta nos próximos anos devido aos investimentos significativos necessários para projetos em construção.
  • Receitas: A receita líquida atingiu R$ 593 milhões, com ligeira queda anual, devido principalmente a: i) ajuste negativo de -0,3% na Receita Anual Permitida (RAP) para linhas de transmissão atreladas ao IGPM; ii) diminuição nas receitas de EUST (Encargos de Uso do Sistema de Transmissão). Esses impactos foram parcialmente compensados pelo início da operação da linha de transmissão Sant’Ana em dezembro de 2023 e ajuste positivo de +3,9% no IPCA para linhas de transmissão indexadas a esse índice. Vale destacar que aproximadamente 65% dos ativos da Taesa são ajustados pelo IGPM.

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  • Margens e EBITDA: O EBITDA BRGAAP atingiu R$ 488 milhões, com leve queda de 1,2% em comparação anual, devido ao impacto nas margens, sendo que no 3T23 houve uma receita extraordinária de EUST de R$ 31 milhões, tornando a comparação anual difícil.
  • Lucro Líquido: O lucro líquido foi de R$ 307 milhões, uma redução de 5,9% anual, mas acima da estimativa, impulsionado por impostos menores, devido à dedução do JCP distribuído, e maior resultado de equivalência patrimonial.

Para 2024, o BBA estima dividend yield da Taesa em 6%, com payout reduzido a 75% devido à alta alavancagem atual.

Os analistas do Itaú BBA têm recomendação market perfom (neutra) para a Taesa, com preço-alvo de R$ 37,46.

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Guilherme Serrano

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