Selic: onde investir com nova alta na taxa?

Nesta quarta-feira (06), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa Selic em 0,50%, para 11,25% ao ano. A seguir, confira quais opções de investimento podem ficar mais atrativas diante desse cenário.

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Dado o ambiente inflacionário brasileiro, a escalada recente do dólar e, sobretudo, a alta da Selic, os analistas chamam a atenção para uma queda da atratividade da Bolsa de valores neste momento.

“Eu não recomendo a entrada em bolsa no momento, pois com níveis altos da Selic existe uma fuga da bolsa para os papéis mais conservadores remunerando bem e com menor nível de risco”, diz Octávio Gomes, sócio da AVG Capital.

“A Bolsa tende a ser penalizada com a alta de juros, porque a taxa de desconto do valuation aumenta, tirando valor das empresas”, complementa Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais.

Diante disso, analistas citam títulos pós-fixados como opções que podem fazer sentido neste cenário. Como são atrelados ao CDI, eles tendem a acompanhar e refletir o aumento das taxas nessa e nas próximas reuniões do Copom.

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“Aplicações pós-fixadas acabam sendo uma opção melhor por acompanharem essa alta e normalmente possibilitarem uma excelente liquidez. Caso precise de um resgate imediato, o Tesouro Selic ou um CDB de liquidez diária acabam sendo boas opções por replicarem o CDI. Caso possa aplicar por pelo menos 9 meses em LCA, ou acima de 12 meses em LCI, esses produtos também são boas opções, principalmente pela isenção de imposto para o investidor pessoa física“, diz Idean Alves.

“Papéis Prefixados somente se estiverem precificando um prêmio acima dos 13% já esperado pelo mercado para compensar, e mesmo assim, não alongando muito o prazo (foco em 1 a 2 anos)”, pondera Octávio Gomes.

O analista complementa dizendo que este é um bom momento para o investidor conseguir retornos na casa de 1% ao mês com baixo risco.

“Por mais que para economia como um todo esse nível de taxa Selic seja desfavorável, para o investidor acaba sendo uma oportunidade de conseguir rendimentos próximos ou acima de 1% ao mês com o mínimo de risco. Os papéis de crédito bancário atendem bem à essa expectativa da almejada rentabilidade de 1% ao mês para o perfil mais conservador de investidores. Estando dentro dos limites de FGC, esses ativos são excelentes oportunidades”, completa.

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Guilherme Serrano

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