Selic vai subir novamente? Quanto? Veja expectativa pré Copom

Nesta quarta-feira (06), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define a nova taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75%.

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A expectativa de boa parte dos analistas para essa reunião do Copom é para uma nova alta na taxa, tendo em vista fatores como o ambiente inflacionário do país e a escalada do dólar.

Além disso, vale destacar que, nesta segunda-feira (04), o Boletim Focus do Banco Central elevou a projeção de inflação no Brasil pela quinta semana consecutiva. Assim, os especialistas contemplados na pesquisa projetam uma taxa Selic em 11,75% ao final deste ano.

Na última reunião do Copom, a Selic foi elevada em 0,25 ponto percentual. Já para esta quarta-feira, o mercado já projeta uma casa de 0,50.

“A expectativa é por uma alta de meio ponto percentual”, diz Nicolas Gass, sócio da GT Capital.

“O Copom deve subir a Selic em 0,50% nesta reunião”, projeta Idean Alves, planejador financeiro e especialista em mercado de capitais.

“Esperamos que o comitê opte por acelerar o ritmo de ajuste para 50 pontos-base”, escreve o Itaú em relatório.

Caso a expectativa se concretize, a Selic seria elevada para 11,25% ao ano nesta quarta, deixando em aberto a possibilidade de uma alta de 0,25% ou de 0,50% na próxima reunião, a última de 2024.

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“Para as próximas reuniões, em um contexto de volatilidade elevada (em especial, com relação à trajetória esperada para o câmbio em meio à reprecificação dos juros e eleições nos Estados Unidos, e ruídos associados à política fiscal no âmbito doméstico), as autoridades devem manter em aberto o ritmo dos eventuais ajustes futuros e magnitude total do ciclo, enfatizando, no entanto, o firme compromisso do comitê no processo de convergência da inflação à meta”, destaca o Itaú.

Diante desse cenário de alta na Selic, especialistas chamam a atenção para uma possível perda de atratividade da Bolsa de valores, em detrimento aos ativos de renda fixa.

“A Bolsa tende a ser penalizada com a alta de juros, porque a taxa de desconto do valuation aumenta, tirando valor das empresas”, diz Idean Alves.

“Eu não recomendo a entrada em bolsa no momento, pois com níveis altos da Selic existe uma fuga da bolsa para os papéis mais conservadores remunerando bem e com menor nível de risco”, afirma Octávio Gomes, sócio da AVG Capital.

“Nesse momento de incertezas, penso que o melhor cenário é investir em produtos de prazos curtos. Vejo maior atratividade em investimentos pós-fixados. Já para os prefixados eu vejo muita volatilidade e pra curto prazo é um risco muito grande que a gente toma”, completa Nicolas Gass.

A Selic, atualmente, está em 10,75% ao ano. A taxa estava estável em 10,50% desde maio deste ano, mas na última reunião realizada, em setembro, o comitê optou por uma alta de 0,25%.

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Guilherme Serrano

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