Dividendos: XP (XPBR31) pode ter payout de 50%, diz BTG

O BTG Pactual emitiu um relatório após se reunir com a gestão da XP (XPBR31), incluindo o CFO Vitor Mansur e o CEO Thiago Maffra. Após as conversas, a casa reafirmou o otimismo com a empresa e citou uma boa expectativa em relação aos dividendos.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/10/Lead-Magnet-1420x240-1.png

Os analistas do BTG chamam a atenção para as melhorias internas (micro) da XP, apesar do cenário macroeconômico desfavorável, marcado por taxas de juros elevadas.

Confira os principais pontos citados pelo BTG Pactual em relatório:

  • Melhorias Internas: A XP, segundo o relatório, está mais madura e focada nos indicadores-chave corretos (KPIs). Espera-se que esses avanços impactem positivamente os resultados de curto prazo, que podem superar as expectativas do mercado. A projeção é de R$ 1,2 bilhão em lucro líquido no terceiro trimestre de 2024.
  • Reestruturação Interna: Vitor Mansur destacou a reestruturação da XP, que colocou o banco no topo da organização, substituindo a corretora como o principal negócio. Isso permitiu à XP emitir capital de Nível 1 e Nível 2, alavancar mais, e reduzir seu custo de capital em cerca de 40%. Com isso, a XP pôde fazer mais operações de “warehousing” (armazenamento) de títulos de dívida, o que deve resultar em maiores lucros ao vender esses títulos no mercado secundário.
  • Foco nos Resultados de Longo Prazo: Maffra comentou que a meta de ter 10 mil assessores próprios no canal B2C é mais aspiracional do que um compromisso firme para os próximos quatro anos, especialmente diante das dificuldades de contratar e treinar talentos. O foco da XP está em entregar a meta de EBT para 2026, que, no ponto médio (R$ 7,5 bilhões), implica em um lucro de aproximadamente R$ 6,5 bilhões, cerca de 9% acima das expectativas do mercado. Maffra está confiante na entrega dessa meta, mesmo sem melhorias macroeconômicas.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2024/10/1420x240-Banner-Home-1-3.png

  • Distribuição de Capital: A XP planeja um índice de pagamento (payout) acima de 50% entre 2024 e 2026, com retornos aos acionistas em forma de dividendos e recompras de ações. Em 2024, já retornou cerca de R$ 1,3 bilhão aos acionistas (58% do lucro líquido do primeiro semestre). Espera-se pelo menos R$ 1 bilhão adicional em dividendos no segundo semestre.
  • Eficiência Operacional e Foco em Investimentos: A empresa está focada em melhorar o Retorno sobre Patrimônio (ROE) ao buscar maior eficiência operacional e de capital. Para isso, desacelerou o crescimento de crédito em áreas menos lucrativas e focou em segmentos mais rentáveis. Maffra reafirmou que a XP continua priorizando investimentos como seu principal negócio, sem intenção de se tornar um banco de varejo.
  • Expectativas Baixas, Potencial de Alta: O mercado, de acordo com o relatório, tem expectativas baixas em relação à XP, o que pode ser um equívoco. Se a empresa continuar apresentando bons resultados, mesmo com a Selic alta, há potencial para uma grande valorização das ações quando o cenário macroeconômico melhorar.

Em resumo, o relatório reforça uma visão positiva sobre a XP, acreditando que suas melhorias internas podem gerar resultados acima das expectativas e bons dividendos, mesmo com o cenário macroeconômico adverso.

https://files.sunoresearch.com.br/n/uploads/2023/04/1420x240-Planilha-vida-financeira-true.png

Guilherme Serrano

Compartilhe sua opinião

Receba atualizações diárias sobre o mercado diretamente no seu celular

WhatsApp Suno