Bolsas mundiais: Ásia fecha em alta de olho em estímulos e Europa opera sem força

Entre as bolsas mundiais hoje (14), as da Ásia fecharam majoritariamente em alta, com as da China garantindo robustos ganhos após o ministro de Finanças local dizer no fim de semana que mais estímulos serão necessários para impulsionar a segunda maior economia do mundo.

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Principal índice acionário chinês, o Xangai Composto subiu 2,07%, a 3.284,32 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto deu um salto ainda maior, de 3,01%, a 1.890,24 pontos.

Em aguardada coletiva de imprensa, o ministro de Finanças da China, Lan Foan, disse no sábado (12) que o governo está considerando formas adicionais de alavancar a economia, mas não deu detalhes de um grande plano de estímulos. Investidores e analistas estavam na expectativa de um plano de até 2 trilhões de yuans, ou cerca de US$ 280 bilhões.

No entanto, segundo analistas, quaisquer expressões de apoio vindas de autoridades em Pequim tendem a impulsionar os preços das ações chinesas, e a “equipe nacional” de grandes empresas estatais e instituições financeiras costuma intervir, por meio de compras de ações, para ajudar a estabilizar os mercados.

Com a prevalência do otimismo, dados fracos de inflação da China ficaram em segundo plano. Em setembro, o índice de preços ao consumidor (CPI) chinês registrou avanço anual de 0,4%, o menor em três meses, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI) sofreu queda de 2,8%, a maior em seis meses.

Em outras partes da Ásia, o índice sul-coreano Kospi avançou 1,02% em Seul, a 2.623,29 pontos, e o Taiex apresentou modesto ganho de 0,32% em Taiwan, a 22.975,29 pontos. Na contramão, o Hang Seng caiu 0,75% em Hong Kong, a 21.092,87 pontos, ao voltar de um feriado. Em Tóquio, não houve negócios hoje devido a um feriado no Japão.

Na Oceania, a bolsa australiana ficou no azul, favorecida pelo bom desempenho de mineradoras e bancos. O S&P/ASX 200 avançou 0,47% em Sydney, a 8.252,80 pontos.

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Europa opera sem força

As bolsas europeias operam mistas e sem força na manhã desta segunda-feira, após uma atualização sobre estímulos na China falhar em animar os investidores e em uma semana que trará nova decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE).

Por volta das 6h25 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha baixa marginal de 0,04%, a 521,76 pontos.

Em aguardada coletiva de imprensa, o ministro de Finanças da China, Lan Foan, disse no fim de semana que Pequim está considerando formas adicionais de alavancar a segunda maior economia do mundo, mas não forneceu detalhes sobre um grande plano de estímulos.

No horário acima, ações de gigantes europeus do setor de luxo como LVMH, Hermès e Kering – que têm forte exposição à China – caíam entre 2% e quase 4% em Paris.

Mais adiante, na quinta-feira (17), a atenção vai se voltar para a reunião de política monetária do BCE, que poderá cortar suas principais taxas de juros pela terceira vez este ano, como sugeriram alguns de seus dirigentes nas últimas semanas. Há dúvidas, porém, sobre a capacidade da inflação ao consumidor (CPI) da zona do euro de se manter em torno da meta de 2% do BCE de forma sustentável.

Às 6h42 (de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,08% e a de Paris recuava 0,42%, enquanto a de Frankfurt subia 0,16%. Já as de Milão e Madri avançavam 0,23% e 0,31%, respectivamente, e a de Lisboa cedia 0,41%.

Com informações da Dow Jones Newswires, Associated Press e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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