Após acordo, quais são os próximos passos para a Azul (AZUL4)?
Nesta terça-feira (08), as ações da Azul (AZUL4) dispararam, com a notícia de que a companhia firmou acordo com seus credores. Com isso, o BTG Pactual emitiu um relatório avaliando o movimento e indicando quais são os próximos passos para companhia.
De acordo com os analistas, os próximos passos para a Azul incluem:
- Utilizar o programa de ajuda financeira recentemente anunciado pelo governo, que oferece linhas de crédito respaldadas pelo Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), aprovado pelo Congresso, com R$5 bilhões em crédito para o setor;
- Explorar possíveis combinações de negócios com a Abra para criar sinergias entre as empresas;
- Avançar com o programa de crescimento de capacidade no segundo semestre, com a chegada de novas aeronaves E2.
Segundo o BTG, o acordo da Azul com os arrendadores e fabricantes, que detêm cerca de 92% de suas obrigações de emissão de ações, é positivo pelos seguintes motivos:
- Reduz o risco de uma reestruturação mais profunda da dívida, como a possibilidade de um processo de Chapter 11 (recuperação judicial nos EUA);
- A diluição das ações da Azul, de 22%, ficou significativamente abaixo do esperado, que poderia ter chegado a 62% em condições anteriores;
- O acordo abrange a maior parte das obrigações de emissão de ações, mitigando riscos;
- Substitui a diluição gradual de ações prevista no acordo anterior por uma diluição única, conforme havia sido orientado pela alta gestão da Azul.
A casa, contudo, chama a atenção para o fato de que o acordo inda está sujeito à finalização da documentação vinculativa e à obtenção de financiamento adicional.
A AZUL4, diz o BTG Pactual, continuará as negociações com os detentores dos 8% restantes de obrigações de emissão de ações e atualizará o mercado sobre novos desenvolvimentos.
Por volta das 11h desta quarta-feira (09), as ações da Azul (AZUL4) operam em alta de 1,78% no Ibovespa, cotadas a R$ 6,29.