Azul (AZUL4): após acordo com credores, empresa quer levantar capital, diz CEO

A Azul (AZUL4) está busca de levantar capital logo após firmar um acordo com arrendadores para liquidar cerca de R$ 3 bilhões em obrigações, afirmou o presidente-executivo da companhia, John Rodgerson, em entrevista à Reuters nesta terça-feira (08).

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“Precisávamos resolver esse problema primeiro, o que já foi feito, e agora podemos captar capital”, disse Rodgerson em entrevista. “Agora podemos focar no futuro e deixar o passado para trás.”

A Azul pretende levantar cerca de US$ 400 milhões, segundo o executivo, com a possibilidade de usar a Azul Cargo para emitir uma dívida conversível no mercado.

A empresa, que é uma das líderes da aviação brasileira ao lado da Latam e da Gol, também aguarda a liberação de recursos de uma linha de crédito aprovada pelo governo para apoiar as companhias aéreas locais.

“Como mencionamos, estamos considerando usar nossa subsidiária Azul Cargo para levantar uma dívida, possivelmente uma dívida conversível, para nos fortalecer financeiramente, sabendo que esse dinheiro não irá para os arrendadores”, explicou Rodgerson.

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Ele também destacou que a Azul mantém conversas “amigáveis” com os detentores de títulos da empresa, enquanto avalia várias opções de financiamento. Segundo Rodgerson, há “diversos interessados” em emprestar dinheiro à Azul, ampliando as alternativas de captação de recursos da companhia.

Na noite desta segunda-feira (07), a AZUL4 anunciou que firmou acordos comerciais com arrendadores e fabricantes de equipamentos originais (OEMs), que representam cerca de 92% dos detentores do instrumento de patrimônio emitido no ano passado.

O acordo anunciado pela Azul envolve a troca da participação pro-rata dos credores no saldo da obrigação atual de aproximadamente R$ 3 bilhões por até 100 milhões de ações preferenciais em uma única emissão e está condicionado a certas aprovações e condições.

Em reação à notícia, as ações da Azul (AZUL4) encerraram a sessão desta terça-feira (08), em alta de 7,48%, a R$ 6,18.

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Guilherme Serrano

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