Bolsas mundiais: Ásia fecha em alta e Europa opera mista
Entre as bolsas mundiais hoje (07), as asiáticas fecharam em alta, com ganhos liderados pelo mercado de Tóquio, à medida que sólidos dados de criação de empregos nos EUA favoreceram o apetite por risco.
O índice japonês Nikkei subiu 1,80% em Tóquio, a 39.332,74 pontos, com destaque para a Nintendo, cuja ação saltou 4,44% após notícia de que o fundo soberano da Arábia Saudita está considerando aumentar suas participações em empresas japonesas de jogos.
Em outras partes da Ásia, o Hang Seng avançou 1,60% em Hong Kong, a 23.099,79 pontos, o sul-coreano Kospi teve ganho similar em Seul, de 1,58%, a 2.610,38 pontos, e o Taiex apresentou desempenho bem semelhante ao do Nikkei, com alta de 1,79% em Taiwan, a 22.702,56 pontos.
No fim da semana passada, os EUA divulgaram relatório de emprego – conhecido como payroll – bem mais forte do que o esperado, gerando otimismo sobre a maior economia do mundo e impulsionando as bolsas de Nova York.
Nesta terça-feira (08), os mercados da China continental irão reabrir após feriado de uma semana, e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (CNDR) – principal órgão de planejamento do país – fará uma coletiva de imprensa. Antes do feriado, o banco central chinês (PBoC) anunciou um agressivo pacote de medidas, incluindo cortes de juros e de compulsório bancário, além de incentivos para o combalido setor imobiliário. Para economistas do UBS, Pequim poderá implementar um modesto pacote fiscal de 1,5 trilhão a 2 trilhões de yuans – o equivalente a US$ 212,8 bilhões a US$ 283,7 bilhões – no curto prazo.
Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, com alta de 0,68% do S&P/ASX 200 em Sydney, a 8.205,40 pontos. A ação local da Arcadium Lithium disparou 46% após a Rio Tinto revelar que fez proposta de aquisição da mineradora de lítio americana.
Bolsas da Europa operam mistas
As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta segunda-feira, perdendo força em relação à abertura positiva do pregão, à medida que investidores ainda comemoram sólidos dados de criação de empregos nos EUA, mas também se preocupam com a forte reação em alta dos juros dos Treasuries e de outros títulos soberanos.
No fim da semana passada, o relatório de emprego dos EUA – o chamado payroll – veio bem mais forte do que o esperado, aliviando temores de recessão na maior economia do mundo, mas também reduzindo expectativas de cortes dos juros básicos americanos nos próximos meses, fator que impulsionou os rendimentos dos Treasuries. Mais cedo, o juro da T-note de 10 anos voltou a ficar acima de 4%, chegando a tocar 4,014% na máxima do dia. Os retornos do Bund alemão e do Gilt britânico equivalentes também avançam hoje.
Por volta das 6h40 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 caía 0,13%, a 517,90 pontos. Apenas o subíndice do setor imobiliário, que é mais sensível a oscilações de juros, tinha queda de 1,1%.
Indicadores europeus do dia também estão no radar. As vendas no varejo da zona do euro tiveram alta mensal de 0,2% em agosto, em linha com as expectativas, mas as encomendas à indústria alemã sofreram um tombo de 5,8% no mesmo período, bem maior do que se previa.
Às 6h57 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,24%, a de Paris recuava 0,02% e a de Frankfurt caía 0,28%. Já a de Milão se mantinha estável, enquanto as de Madri e de Lisboa avançavam 0,41% e 0,22%, respectivamente.
Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo