Bancos anunciam redução de taxas de juros após corte da Selic

Após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) cortar a taxa básica de juros (Selic) em 0,50%, para 3,75% ao ano, as instituições financeiras anunciaram corte em suas taxas.

O Itaú Unibanco (ITUB4), anunciou na última quarta-feira (18), que as linhas de empréstimo pessoal de pessoas físicas, e de capital de giro para empresas, serão reduzidas a partir da próxima segunda-feira (23). Por sua vez, o Bradesco (BBDC4) informou que vai reduzir suas principais taxas de juros na linha de crédito.

Os bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, informaram que estão preparando um pacote de medidas para ajudar empresas e pessoas físicas a atravessarem a crise da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O BB anunciou que irá reforças as linhas de créditos em R$ 100 bilhões para apoiar pessoas físicas, empresas e compras de insumos na área de saúde pelo governo. Além disso, a instituição ampliou os limites de créditos de 13 milhões de clientes (pessoas físicas).

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Era estimado que a Caixa anunciasse os planos após o Copom, no entanto, segundo o jornal “O Globo”, a estatal teve de suspender a discussão das medidas por causa da informação de casos de contaminação de funcionários. Dessa forma, o mercado espera que a Caixa se pronuncie nesta quinta-feira (19).

Banco Central corta taxa básica de juros 0,50 pontos para 3,75%

O Copom do Banco Central decidiu cortar a Selic em 0,50%, na última quarta-feira (18). Com o novo corte a taxa caiu para 3,75%, uma nova mínima histórica.

O corte da Selic era aguardado pelo mercado por causa dos efeitos econômicos provocados pelo surto de coronavírus. Entretanto, a expectativa do mercado era de um corte maior, de até 1 ponto percentual.

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Em comunicado sobre o corte, o Comitê informou “uma desaceleração significativa do crescimento global, queda nos preços das commodities e aumento da volatilidade nos preços de ativos financeiros”.“Nesse contexto, apesar da provisão adicional de estímulo monetário pelas principais economias, o ambiente para as economias emergentes tornou-se desafiador”.

“O Copom entende que a atual conjuntura prescreve cautela na condução da política monetária, e neste momento vê como adequada a manutenção da taxa básica de juros em seu novo patamar. No entanto, o Comitê reconhece que se elevou a variância do seu balanço de riscos e novas informações sobre a conjuntura econômica serão essenciais para definir seus próximos passos” acrescentou o Comitê.

Poliana Santos

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