Copom enfrentará dilema em próxima reunião, diz Bradesco BBI

Segundo analistas do Bradesco BBI, o Comitê de Política Monetária do Banco Central – o Copom – enfrentará um ‘dilema’ em sua próxima reunião, que ocorre entre os dias 17 e 18 de setembro.

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“Ou o Copom aumenta os juros e destoa das autoridades monetárias globais ou não aumenta e agrava uma crise de confiança”, diz o BBI.

Os especialistas apontam que existe pouco tempo para que o BC faça um ajuste que aumente sua credibilidade.Selic: Inteligência Artificial indica 41% de chance de aumento na próxima reunião do Copom

O cenário para a decisão conta com variáveis como o diferencial de juros entre o Brasil e outros países – especialmente no momento atual, que se discute um corte por parte do Federal Reserve (Fed) ainda em setembro.

Nesse contexto, as decisões de política monetária do Banco Central pode influenciar diretamente o fluxo de investimentos no país.

“A história não está ao lado dos investidores, com perdas nos ciclos de aumento de taxa de dois dígitos, enquanto o mercado não está tão barato quanto parece, as expectativas de lucro estão muito altas e nosso índice de sentimento não é favorável”, diz o BBI.

Nesse contexto, a visão para Brasil da casa é neutra, com foco em ações com receita dolarizada e mais defensivas, como blue chips.

Selic: Inteligência Artificial indica 41% de chance de aumento na próxima reunião do Copom

Há 41,8% de probabilidade de o Copom elevar a taxa Selic na sua próxima reunião, segundo o Índice Equus de Precificação da Selic (IEPS), da Equus Capital, que utiliza Inteligência Artificial para coletar e analisar dados.

Segundo a inteligência artificial da casa, o aumento deve ser de 0,25% – o que deixaria a taxa Selic em 10,75%.

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A IA da Equus Capital aponta que, nesta semana, ocorreu um aumento no número de contratos em aberto no mercado de opções de Copom, passando de 18.088 para 21.522.

Foto: Reprodução/Equus Capital
Foto: Reprodução/Equus Capital

“As taxas dos DIs com prazos mais longos subiram nesta sexta-feira devido a preocupações com o equilíbrio fiscal, após o aumento da dívida bruta em julho e a força do mercado de trabalho, que trazem dúvidas sobre o controle da inflação”, explica.

“Declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, reduziram as expectativas de alta de 50 bps na Selic em setembro, estagnando as taxas de curto prazo, mas impulsionando as de prazos mais longos”, conclui.

As discussões acerca de um aumento da Selic foram reacendidas recentemente, por conta de indicadores econômicos recentes e também de falas de membros do Copom. Gabriel Galípolo, que foi nomeado para ser o próximo presidente do BC, declarou reiteradas vezes que a autoridade monetária irá elevar os juros se for necessário.

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Eduardo Vargas

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