J.P. Morgan prevê queda do PIB dos EUA de até 14% por coronavírus

O banco de investimento norte-americano J.P. Morgan informou nesta quarta-feira (18) que a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos é de uma queda de 4% no primeiro trimestre de 2020. A previsão do J.P. Morgan é ligada aos efeitos econômicos negativos gerados pelo surto de coronavírus (covid-19). Segundo o banco, no segundo trimestre a queda do PIB será de 14%.

O J.P. Morgan não é a primeira instituição que corta suas previsões de crescimento do PIB por causa do coronavírus. Segundo a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) os impactos econômicos da pandemia da covid-19.

De acordo com a S&P, a recessão ocorrerá por conta dos impactos do coronavírus no investimento corporativo, nos preços do petróleo e nos gastos dos consumidores. Assim, a agência prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos recue 1% no primeiro trimestre de 2020.

Para o segundo trimestre deste ano, a projeção é que a queda do crescimento econômico do país seja ainda maior, de 6%. Por outro lado, para o acumulado de 2020, a agência agora prevê que o PIB dos EUA se mantenha estável em um cenário otimista. A previsão mais pessimista estima uma queda de 0,5%. A previsão anterior era de um avanço de 1,9%.

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No entanto, a empresa salientou que o grau de incerteza das projeções é maior do que o normal. Isso porque, segundo a S&P, a evolução da propagação da doença no país norte-americano que definirá os impactos na economia.

“Continuamos a esperar uma recuperação lenta, em forma de “U”, depois de uma queda no segundo trimestre”, diz o relatório divulgado pela agência.

O número de casos de coronavírus já ultrapassa 3.400 nos Estados Unidos, com 68 mortes, conforme os dados divulgados na última segunda-feira (16) pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país.

EUA pede pacote de estímulos devido ao coronavírus

O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, irá solicitar ao Congresso um pacote de estímulos para a economia na ordem de US$ 850 bilhões (cerca de R$ 4,28 trilhões) devido ao impacto do coronavírus. A proposta será encaminhada aos republicanos pelo secretário do Tesouro Steven Mnuchin.

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As informações divulgadas pelo jornal norte-americano “The Washington Post” e pela agência de notícias “Bloomberg” reportam que Mnunchin afirmou, em teleconferência com senadores na última segunda-feira (16), que o mercado precisa de maior liquidez para enfrentar o coronavírus.

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O secretário também estaria avaliando ideias para ajudar pequenas empresas, postergando o recolhimento de impostos e facilitando a liberação de empréstimos. Ele têm entrado em contato com pequenos empresários para estimar o quanto a pandemia de coronavírus tem impactado em seus negócios.

Carlo Cauti

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