SNEL11: retorno e bons dividendos demonstram tese inovadora do fundo, dizem analistas

O fundo imobiliário SNEL11 tem ganhado destaque no mercado de FIIs devido à sua abordagem inovadora, que une o segmento de geração distribuída de energia à estrutura tradicional de um fundo imobiliário. Durante uma conversa com Tiago Reis, fundador do Grupo Suno, Guido Andrade e Rafael Menezes, membros da equipe de gestão da Suno Asset, discutiram as particularidades dessa tese de investimento, os ativos já em operação e os desafios enfrentados.

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Andrade explicou que o SNEL11 foi criado com o objetivo de integrar a geração distribuída de energia ao modelo dos fundos imobiliários. “Foi um grande desafio montar essa estrutura, trazer um fundo que atende ao setor energético com o formato de fundo imobiliário, promovendo tanto a locação quanto o desenvolvimento dos empreendimentos”, afirmou.

Menezes complementou, destacando que a geração distribuída já possui, naturalmente, a característica de criar ativos voltados para locação. “Praticamente pioneiros, criamos um fundo imobiliário de desenvolvimento focado em energia, investindo no Equity, o que nos permitiu capturar retornos muito atrativos”, disse Menezes.

Na primeira emissão do fundo, foram desenvolvidas quatro usinas, duas em Minas Gerais, uma no Ceará e outra em Pernambuco, todas já conectadas e gerando receita. Na segunda emissão, o fundo está desenvolvendo mais três usinas, sendo duas em Goiás.

O SNEL11 também tem atraído a atenção dos cotistas pelo rendimento oferecido. Após o desdobramento de cotas na proporção de 1:15, os dividendos foram ajustados para R$ 0,10 por cota. Segundo Andrade, se o fundo operasse na base 100, a distribuição seria de R$ 1,50 por cota, um valor significativo no mercado. “Esse nível de retorno só é possível pela combinação dos dois segmentos e pelo fato de estarmos em projetos em fase de desenvolvimento”, ressaltou.

O bom desempenho do fundo levou à sua inclusão no IFIX, o principal índice de fundos imobiliários da B3, no quadrimestre de setembro a dezembro, um reconhecimento importante para a tese de investimento.

O modelo de aluguel das usinas do SNEL11 opera de forma diferenciada, já que a venda direta de energia é proibida por lei. Em vez disso, o cliente aluga a usina para produzir sua própria energia, gerando créditos que são descontados na sua conta de luz. Menezes explicou que, em locais onde a energia é mais cara, os clientes estão dispostos a pagar mais pelo aluguel da usina, pois esses créditos tornam-se mais valiosos. Além disso, o valor do aluguel pode aumentar de acordo com a receita adicional que o cliente consegue gerar utilizando a usina.

Retorno e investimentos do SNEL11

O retorno total do SNEL11 foi de 8,02% em junho, enquanto do CDI foi de 1,63% nesse período. O benchmark do fundo (IPCA + 7,00% ao ano) também foi superado, já que teve retorno mensal de 1,81%.

Ainda em junho, o resultado distribuível totalizou R$ 2,675 milhões. Desse montante, cerca de R$ 1,89 milhão foi distribuído em rendimentos, com os mesmos R$ 0,10 por cota.

FII SNEL11 começou suas atividades no mês de dezembro de 2022. Até o fechamento de julho, o fundo já contava com 10.617 cotistas.

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Últimos dividendos do SNEL11

O SNEL11 anunciou hoje para agosto um pagamento de dividendos, no valor de R$ 0,10 por cota, mantendo a quantia distribuída em julho. Os rendimentos do SNEL11 foram pagos no dia 23 de agosto de 2024.

Ao final de julho, a cotação do FII era de R$ 9,41. Assim, o rendimento atual representa um dividend yield (DY) de 1,06% no mês, ou 13,52% anualizado.

Ao final de julho, a cotação do SNEL11 era de R$ 9,41. Assim, o rendimento atual representa um dividend yield (DY) de 1,06% no mês, ou 13,52% anualizado.

Veja mais sobre a tese de investimento do Fundo

O SNEL11 é um fundo imobiliário que investe principalmente em energias limpas e renováveis, com atuação voltada a projetos de energia desde suas fases de desenvolvimento. Após esses projetos ficarem prontos, o fundo pode gerar receita com a venda de energia elétrica.

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Vinícius Alves

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