Petrobras (PETR4) fará recompra de até US$ 1 bilhão em bonds

A Petrobras (PETR4) está recomprando até US$ 1 bilhão em seis bonds com vencimentos entre 2030 e 2051, conforme informado pela companhia.

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Ao mesmo tempo, a Petrobras fará emissão de novos títulos com vencimento em 2035.

De acordo com a petroleira, a oferta de recompra expira no próximo dia 9.

Os bonds que são elegíveis à recompra pagam os seguintes juros anuais: 5,093% nos bonds 2030; 5,6% nos bonds 2031; 5,5% nos bonds 2051; 5,625% nos bonds 2043; 6,750% nos bonds 2050 e 6,9% nos bonds 2049.

A emissão de novos bonds e a operação de recompra está sendo coordenada pelo Bank of America, Bradesco BBI, HSBC, JPMorgan, Mizuho e Morgan Stanley.

Dividendos da Petrobras (PETR4) ‘continuam a fluir’, diz XP; entenda a tese

Nesta segunda-feira (02), o governo deu detalhes sobre o seu projeto de lei orçamentária anual (PLOA) para 2025, e isso impacta diretamente nas projeções para a compahia.

De acordo com a PLOA de 2025, o governo espera receber R$ 14,60 bilhões em dividendos da Petrobras, uma vez que tem participação direta na empresa. Isso implica um pagamento de cerca de US$ 10 bilhões em proventos da estatal ao longo de 2025.

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Tal previsão é consistente com as recentes distribuições de cerca de US$ 2,50 bilhões por trimestre, e também se alinham com as previsões da XP sobre os proventos ordinários da petroleira.

“Embora os dividendos ordinários tenham atendido às nossas expectativas, acreditamos que há espaço para um aumento adicional dos dividendos extraordinários“, diz a casa.

Essa visão da XP se dá pois os analistas estimam um FCFE (fluxo de caixa livre para o acionista) da Petrobras em US$ 16 bilhões.

“Acreditamos que essa diferença de US$ 6 bilhões (rendimento de c.6%) provavelmente se transformará em dividendos extraordinários mais adiante, com um potencial rendimento total de dividendos de 16%. Em nossa opinião, a avaliação da PBR continua atraente”, afirma o relatório da XP.

Sobre o petróleo, a XP acredita que o Brent deve se recuperar para atingir a média de cerca de US$ 80 por barril, mas o risco da tese é uma possível desaceleração da demanda global.

“A Petrobras está significativamente alavancada em relação aos preços do petróleo e, portanto, será diretamente afetada se o Brent permanecer em baixa por mais tempo. Estimamos que, para cada mudança de US$ 5 no Brent, a política de dividendos da empresa é impactada em aproximadamente US$ 1,1 bilhão por ano”, projeta a XP.

Assim, os analistas acreditam que a avaliação da Petrobras continua atraente enquanto os preços do petróleo Brent se mantiverem em, ao menos, US$ 70 por barril.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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