SNEL11 passa de 10 mil cotistas e projeta maior liquidez com inclusão no IFIX
SNEL11, fundo de energias limpas da Suno Asset, vê reconhecimento do mercado com ampliação da base de cotistas e inclusão em prévias do IFIX.
O fundo imobiliário SNEL11, criado pela Suno Asset para investimento em energias renováveis, alcançou dois indicadores de relevância nos últimos dias: a ampliação da base de cotistas, que passou de 10 mil, chegando a 10.613 investidores ao fim do mês de julho, e a inclusão pela B3 nas prévias para a nova carteira do IFIX, o principal índice de fundos imobiliários.
A composição do IFIX, assim como a do Ibovespa, muda a cada quatro meses, e a próxima alteração será feita na segunda-feira que vem, primeiro dia útil de setembro. No mês anterior à alteração, a B3 divulga três prévias para que os investidores possam fazer ajustes eventuais nas carteiras.
Os FIIs que compõem o índice são selecionados a partir de indicadores como valor patrimonial, distribuição de dividendos e liquidez das cotas, entre outros fatores. Nas prévias divulgadas neste mês estão presentes 115 fundos, com a inclusão, além do SNEL11, dos FIIs BBFO11, GZIT11, KNUQ11, KIVO11, MANA11 e ZAVI11.
Na prática, a inclusão do SNEL11 no IFIX pode resultar num aumento ainda maior da liquidez, meta perseguida pela Suno Asset com o desdobramento das cotas, na proporção de 1:15, realizada em junho, que transformou o SNEL num “fundo base 10”, com preço unitário próximo a R$ 10.
“A inclusão do SNEL11 nas prévias do IFIX é uma importante chancela para o fundo, mostra que ele é relevante para o mercado e traz um potencial aumento de liquidez”, explica Guido Andrade, analista da Suno Asset.
Embora não traga mudanças legais para a comercialização do fundo, a inclusão do IFIX é vista como um reconhecimento do mercado e um aval da qualidade da gestão. Em julho, o volume financeiro do SNEL11 foi de R$ 11,503 milhões.
Além disso, alguns investidores profissionais e qualificados só adquirem cotas de fundos que fazem parte do índice, por considerar a escolha da B3 como uma espécie de selo de qualidade e validação. “É possível que mais investidores possam negociar o SNEL11, refletindo no preço do ativo”, completa Andrade.
SNEL11: usinas conectadas e novos empreendimentos em desenvolvimento
O fundo imobiliário SNEL11 é considerado um fundo de desenvolvimento, já que investe na construção e posterior gestão de imóveis – no caso, usinas que geram eletricidade por meio da captação da luz solar, chamadas de usinas fotovoltaicas.
Hoje, o patrimônio líquido do SNEL11 está avaliado em R$ 136 milhões, o equivalente a R$ 7,20 por cota, e o fundo vem sendo negociado acima desse valor – nesta segunda-feira (26), fechou cotado a R$ 9,18 por cota. Os dividendos do SNEL11 nos últimos meses foram de R$ 0,10 por cota.
O FII SNEL11 já tem conectadas ao sistema elétrico todas as usinas construídas com o valor captado em sua oferta pública inicial (IPO), mas parte desse processo foi concluído apenas em junho e a geração de receitas ainda é parcial. As usinas que estão construídas com verba da segunda emissão ainda devem demorar a gerar lucro direto aos cotistas.
“É essencial que o investidor entenda os prazos de obra, conexão e de recebimento dos aluguéis dos empreendimentos. Fazemos questão de dar transparência a esses fatores nos relatórios gerenciais e lives”, explica Guido Andrade.
Guido acredita, contudo, que o mercado tem observado com atenção os riscos embutidos na tese de investimentos do SNEL11 e avaliado de forma positiva os resultados do trabalho, o que ajuda a explicar o crescimento da base de cotistas, a valorização das cotas e o reconhecimento da B3. Vale lembrar que o fundo aparecem entre os 10 FIIs de mais retorno em 2024, em levantamento da Quantum Finance.
“Por ser um fundo de desenvolvimento, o retorno elevado é a primeira coisa que as pessoas olham. E sim, o retorno é elevado e existe, mas também existem riscos, o maior deles relacionado aos prazos. Mas fundos com alto retorno, boa liquidez e risco controlado, como vem sendo o caso do SNEL11, possuem bom potencial de valorização no médio e longo prazo”, conclui Guido Andrade, da Suno Asset.