Sabesp (SBSP3): Safra vê potencial de alta de 45% e diz que empresa pagará bons dividendos
O Safra atualizou suas estimativas para a Sabesp (SBSP3) após a privatização e a divulgação dos resultados do segundo trimestre. A visão da casa para a empresa é otimista, com uma forte projeção de alta e boa expectativa para os dividendos.
O preço alvo para a Sabesp foi elevado de R$ 118,90 para R$ 142,60, potencial de alta de 45%. A casa afirma que “o melhor ainda está por vir” e tem recomendação outperform (compra) para o ativo.
Segundo o Safra, com os preços atuais das ações da Sabesp, a empresa opera com uma taxa interna de retorno (TIR) real alavancado implícita de 11,9%, contra uma média de 9,7% de seus pares.
Além disso, diz o relatório, a SBSP3 opera com um múltiplo de 7,5 do valor da empresa sobre o Ebitda, ante 11,7 de seus concorrentes.
A casa também demonstrou otimismo com o desempenho operacional da Sabesp após a privatização, citando possíveis cortes de custos e maior lucratividade.
“Após a conclusão da privatização, esperamos que a Sabesp acelere seu processo de turnaround com maiores cortes de custos, melhoria da estrutura de capital e grande crescimento do RAB (base de ativos regulatórios), o que deve se traduzir em maior lucratividade”, diz o relatório.
Além disso, a visão é a de que a Equatorial, investidora de referência da empresa, contribua no processo, uma vez que apresenta um bom histórico em processos de turnaround.
“A empresa também deve se tornar um bom player de dividendos em alguns anos, como vemos grande geração de fluxo de caixa até 2026 (após a incorporação do capex nas tarifas)”, diz o Safra em relatório.
Entre os riscos envolvendo a companhia de saneamento, os analistas citam:
- Ritmo do turnaround;
- O cumprimento das metas de universalização, em vista dos investimentos significativos necessários, pois, caso contrário, a empresa estará sujeita a penalidades, como descontos tarifários e restrições à distribuição de dividendos;
- Disputas políticas com prefeitos, devido às eleições que se aproximam, bem como aos litígios judiciais que contestam os termos da privatização.
Sobre o último ponto, o Safra destaca que o risco é limitado, já que o contrato de concessão da Sabesp foi estabelecido com um grupo de municípios e todos os processos relacionados à privatização foram aprovados conforme a legislação vigente.