Campos Neto: Subiremos Selic, se necessário

Segundo o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, o Comitê de Política Monetária (Copom) está dispostos a fazer o que for necessário para que a inflação convirja para a meta – incluindo um eventual início de novo ciclo de alta da Selic.

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“Todos os diretores têm adotado esse discurso, que é basicamente o que escrevemos no comunicado. Não estamos dando um guidance, mas faremos o que for necessário para levar a inflação à meta – e, se aumentar os juros for necessário, nós aumentaremos”, declarou Campos Neto sobre a Selic.

O presidente do Banco Central esteve em um evento da Barclays em São Paulo.

Segundo Campos Neto, a adoção do discurso se dá por conta do diagnóstico de desancoragem das expectativas de inflação.

O líder da autoridade monetária ainda declarou que esse compromisso com a meta deve seguir independentemente da composição do Copom.

“Acho que as pessoas agora estão entendendo que, independentemente de quem esteja à frente do BC, de quem sejam os diretores, a direção está definida e nós temos uma meta. A meta é determinada pelo governo, não por nós. E nós faremos o que for necessário para cumprir a meta”.

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Galípolo disse que ‘nova alta da Selic está na mesa’

O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou também nesta semana, na segunda (12), que uma eventual nova alta da Selic está na mesa.

“Tivemos uma postura no passado que foi lida como retirada da mesa a possibilidade de alta da Selic. A alta está na mesa sim e queremos ver como isso vai se desdobrar”, declarou o diretor do BC no Warren Institutional Day.

O diretor disse que quer que sua postura não seja tida como ‘descolada’ da última Ata do Comitê de Política Monetária, ou ata do Copom.

Segundo o diretor de política monetária, a Ata do Copom não forneceu nenhum tipo de guidance, sem assumir compromisso ou contrarar uma nova elevação da taxa de juros.

“Estamos abertos aos dados e com todas as alternativas na mesa. Não estamos querendo pegar o mercado do contrapé. Migramos de um ciclo de corte para uma taxa mais restrita por mais tempo. Essa frase reflete uma governança que já foi utilizada no passado pelo Banco Central“.

Galípolo ainda adotou um tom mais austero, destacando que ‘cabe ao BC deixar a taxa Selic restritiva por tempo suficiente para chegarmos à meta [de inflação]”.

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Eduardo Vargas

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