BNDES: Lucro salta 94% para R$ 7,2 bilhões

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registrou lucro líquido recorrente de R$ 7,2 bilhões no primeiro semestre deste ano, alta de 94,3% em relação ao mesmo período do ano passado, informou o banco nesta terça-feira (13).

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Segundo o BNDES, esse crescimento foi concentrado em ganhos na intermediação financeira.

A carteira de crédito do BNDES totalizou R$ 530,2 bilhões de janeiro a junho deste ano, avanço de 10,7% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

O patrimônio líquido atingiu R$ 160 bilhões, alta de 13,8% na mesma comparação.

De acordo com a companhia, as participações societárias encerraram o primeiro semestre em R$ 82,5 bilhões, sendo metade desse valor em ações da Petrobras, seguidas de JBS e Eletrobras.

Desde janeiro de 2023, quando a nova gestão foi empossada, até junho de 2024, o banco recebeu R$ 12,9 bilhões em dividendos e juros sobre o capital próprio.

Desembolsos do BNDES crescem 21% e somam R$ 49 bilhões

O desembolso do BNDES no primeiro semestre do ano atingiu R$ 49,3 bilhões, alta de 21% contra igual período do ano anterior.

Já as consultas somam R$ 124,7 bilhões de janeiro a junho, praticamente estáveis em relação ao mesmo período do ano passado.

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As aprovações cresceram 83% no primeiro semestre, para R$ 66,5 bilhões.

Banco vai transferir ao Tesouro mais de 100% do lucro de 2023

O presidente do banco, Aloizio Mercadante, informou que a instituição deve pagar ao Tesouro Nacional mais do que os R$ 15 bilhões em dividendos já aprovados referentes ao exercício do ano passado.

“Vamos transferir um volume inédito ao Tesouro para contribuir com ajuste fiscal. Vamos transferir para o Tesouro mais de 100% do lucro que tivemos no ano passado”, disse Mercadante, durante coletiva com a imprensa para comentar o resultado do banco no primeiro semestre do ano.

Se somado aos tributos e a pagamentos de dívidas, a soma sobe para R$ 24,5 bilhões, de acordo com o diretor Financeiro e de Mercado de Capitais, Alexandre Abreu.

Ele explicou que além dos R$ 15 bilhões em dividendos (ordinários e extraordinários), apenas em tributos serão transferidos R$ 6 bilhões, e mais R$ 3,5 bilhões em pagamento de dívidas com a União.

Entre 2008 e 2024, segundo o BNDES, o Tesouro Nacional já recebeu R$ 941,3 bilhões de transferências do banco.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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