Petrobras (PETR4): apesar de prejuízo, BB-BI vê operacional e financeiro robustos

A Petrobras (PETR4) reportou um prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024. Contudo, em relatório, o BB-BI ponderou que o resultado veio em linha com as expectativas do mercado, e que os desempenhos operacional e financeiro foram robustos.

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“Ainda que pareça inicialmente um resultado ruim, olhando para os detalhes que compõe esses números, vimos que o resultado veio alinhado com as expectativas de mercado, e segue refletindo uma empresa em trajetória de produção ascendente, custos competitivos e boas perspectivas de geração de caixa“, escreve o analista Daniel Cobucci no relatório.

Entre os itens recorrentes mais relevantes do balanço da Petrobras, a casa cita o acordo tributário (entendido como positivo por mitigar riscos relevantes) em US$ 2,3 bilhões; variação cambial em US$ 2,1 bilhões e outros US$ 1,3 bilhão.

“Olhando para cada segmento, os dados vieram favoráveis em Exploração & Produção, com impactos limitados dos itens não recorrentes. Já em refino (RTC), houve uma redução de margens e maior custo unitário, parcialmente compensados por maiores volumes”, diz o relatório.

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Os dividendos da Petrobras foram avaliados como “positivos” pela casa, mesmo com o prejuízo do trimestre, “graças à conta criada para retenção de reservas de lucros”.

Além disso, o BB-BI destaca que a empresa anunciou uma redução no seu capex para o ano, o que a casa entende como mais condizente com a realidade que vinha se apresentando.

Em relação ao petróleo, o analista Daniel Cobucci entende que a commodity encontrou um piso na faixa dos US$ 75 por barril, “com a combinação de oferta atual (limitada pelos cortes da OPEP+) ponderada com riscos geopolíticos, compensando a demanda mais fraca e deixando um maior risco de perda desse patamar para o lado da demanda”.

Com isso, o BB-BI vê as boas perspectivas de geração de caixa, o baixo custo de extração e o pagamento de dividendos como fundamentos para a manutenção de compra para as ações da Petrobras (PETR4), com preço-alvo de R$ 47.

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Guilherme Serrano

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