Avaliação para compra de Mataripe ainda não foi concluída, diz Petrobras (PETR4)

Em resposta a um questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras (PETR4) afirmou que a “due diligence” (diligência prévia ou processo de avaliação) da refinaria de Mataripe está em fase de conclusão.

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O processo foi iniciado em março, e de acordo com a estatal, ainda não há qualquer decisão sobre a eventual aquisição da uma participação da refinaria de Mataripe, na Bahia.

Caso as avaliações da Petrobras indiquem que é interessante fazer uma oferta pela aquisição da refinaria ou parte dela, a decisão será submetida previamente à aprovação dos órgãos colegiados competentes da empresa.

A petroleira reiterou também que que eventuais decisões de investimentos deverão passar pela análise de viabilidade técnica e econômica e estar em linha com seu Plano Estratégico 2024-2028.

Entenda o caso

A Petrobras (PETR4) está estudando a recompra da refinaria de Mataripe, na Bahia. De acordo com a agência Broadcast, uma proposta pode ser feita em setembro.

O impasse da negociação, contudo, diz respeito ao preço a ser pago para a Acelen, empresa dona da refinaria e que pertence ao fundo Mubadala Capital.

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A refinaria de Mataripe, que tem capacidade para refinar 333 mil barris por dia, foi vendida pela Petrobras em 2021, durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, por US$ 1,65 bilhão.

A transação ocorreu em meio ao processo de enxugamento dos ativos e à saída da petroleira do segmento de refino, então visto como menos lucrativo. Além disso, à época, a estatal havia realizado um acordo com o Cade para reduzir seu monopólio no setor.

Agora, com Luiz Inácio Lula da Silva na presidência da República, o investimento em refino da Petrobras voltou a ser visto como necessário.

De acordo com fontes que falaram ao Broadcast, a refinaria passou por aprimoramentos, e com isso, o valor da recompra possivelmente ficaria acima dos US$ 1,65 bilhão pagos pela Acelen em 2021.

Ainda segundo a publicação, há a possibilidade da Acelen manter participação de 20% na refinaria, ainda que o mais provável seja a aquisição completa por parte da Petrobras. A expectativa, segundo a publicação, é a de que o negócio seja efetivamente selado em 2025.

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Guilherme Serrano

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