Petrobras (PETR4): BTG vê ação subvalorizada, destaca política de dividendos e reitera ‘compra’
Analistas do BTG Pactual realizaram uma reunião com Magda Chambriard, presidente da Petrobras (PETR4), e parecem ter gostado do que ouviram. Em relatório, os analistas reiteram que a estatal é a “top pick” no setor, e com isso, mantém recomendação de compra.
Um dos pontos destacados pelo BTG foi a perspectiva sobre os dividendos da Petrobras. Segundo os analistas, Magda Chambriard disse que não há planos para alterar a política de proventos da companhia, sugerindo que o atual nível de pagamento será mantido.
“Chambriard destacou que os acionistas privados da empresa não são os únicos interessados em dividendos, e que a companhia precisa continuar focando em projetos rentáveis”, dizem os analistas, que projetam retornos de 17% em dividendos durante os próximos 12 meses.
A presidente da Petrobras também disse que não há intenções de alterar o atual plano estratégico da Petrobras, destacando a continuidade do foco na exploração e produção de petróleo e gás, além de importância de investir na reposição de reservas.
No entanto, a casa espera alguns desafios na execução do plano, sobretudo pelas restrições na cadeira de suprimentos. Com isso, os analistas esperam um investimento 20% abaixo do guidance, o que abriria espaço para um nível ainda mais elevado de pagamento de dividendos.
Outro ponto que não deve ser alterado, segundo a CEO da Petrobras, é a atual política de preços da companhia, que não mais acompanha a paridade internacional. Segundo a casa, Chambriard está satisfeita com a atual estratégia.
Em resumo, o BTG reconhece que as mudanças na presidência da empresa amentam o prêmio de risco exigido pelos investidores, mas acredita que o atual valuation das ações da Petrobras acomodam tais riscos.
A casa destaca que 18 meses após Lula assumir a presidência da República, a companhia vem apresentando resultados sólidos e consistentes, e por isso, espera surpresas nos próximos dois anos. Os analistas dizem que a Petrobras está subvalorizada e a colocam como “top pick” no setor. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 19 para as ADRs negociadas em Nova York.